CDS-PP diz que "não é seguro votar socialista", PS acusa Governo de "usar o Estado"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 12 mai (Lusa) - O deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro apelou hoje ao voto na candidatura Aliança Portugal nas europeias, afirmando que "não é seguro votar socialista", com o PS a acusar o Governo de "usar o Estado" para fazer campanha.

A campanha eleitoral, que começa hoje oficialmente, chegou ao Parlamento numa declaração política do deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro, que pediu o "voto esclarecido" na candidatura do PSD/CDS-PP e considerou que "cada vez é mais claro que não é seguro votar socialista em Portugal", partido que disse revelar "desorientação".

Num pedido de esclarecimento, o socialista Pedro Marques considerou que o apelo ao voto "é legítimo" e considerou que "este é o tempo dos partidos e não do Governo", criticando a convocação de um conselho de ministros extraordinário para o dia 17 de maio, a meio da campanha eleitoral.

O deputado defendeu que o Governo "tem de estar afastado" para evitar "a confusão" entre partidos e executivo e sublinhou que o Governo "não é dono da democracia" não devendo "fazer anúncios e umas promessas" em plena campanha eleitoral.

Na resposta, Ribeiro e Castro comentou ter ouvido o "cabeça de lista do PS dizer que não ia fazer nenhum protesto na CNE" e frisou que o Governo "continua a governar".

"A data de 17 de maio não foi marcada pelo Governo, foi marcada pelo PS quando assinou um memorando" com a 'troika', respondeu.

No mesmo sentido, a deputada do PSD Joana Barata Lopes ironizou que "um PS que anda sempre incomodado com a agenda escondida do Governo agora está incomodado que o Governo queira trabalhar".

O deputado do PCP Paulo Sá defendeu que as políticas dos sucessivos Governos têm contribuído para a abstenção nas eleições europeias, considerando que "os três partidos (PS, PSD e CDS-PP) devem ser "responsabilizados no dia 25 de maio", a "altura para dizer basta".

Mariana Mortágua, do BE, afirmou que a candidatura do PSD/CDS-PP "não defende uma Europa de paz" e sim "o poder dos bancos e mercados financeiros contra os povos".

SF // ZO

Lusa/fim

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