Ucrânia: PM apela a verdadeiras sanções económicas contra Moscovo
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 21 mar (Lusa) -- O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, apelou hoje à adoção de "verdadeiras sanções económicas" contra a Rússia, cujas ações considera que ameaçam a ordem mundial.
"A melhor forma de conter a Rússia é submetê-la a uma verdadeira pressão económica", disse Iatseniuk, no final da assinatura formal do acervo político do tratado de associação UE-Ucrânia.
O líder ucraniano abordou ainda a questão da dependência energética da Rússia, para defender que "temos que falar a uma só voz, de modo a que a Rússia não possa usar a energia como se fosse uma arma nuclear".
O fornecimento da Rússia cobre mais de um quarto das necessidades energéticas da UE e Moscovo já aumentou a fatura na Ucrânia, tendo duplicado os preços, depois da aproximação de Kiev a Bruxelas.
"Temos que pagar o preço, todos temos que pagar o preço pela paz, pela estabilidade e pela segurança", disse.
Para Iatseniuk, a UE tem que "falar a uma única e forte voz", salientando que "a Rússia decidiu impor uma nova ordem mundial".
A UE decidiu impor sanções a 33 responsáveis russos e ucranianos, após a anexação da Crimeia e de Sebastopol.
A União Europeia (UE) e a Ucrânia assinaram hoje, em Bruxelas, o acervo político do acordo de parceria, anunciou o Conselho Europeu.
O acordo foi assinado pelos líderes europeus - que hoje terminam uma cimeira de dois dias - e pelo primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Iatseniuk.
O acordo esteve em cima da mesa na Cimeira da Parceria Oriental, em novembro de 2013, mas o ex-presidente ucraniano Viktor Ianukovich recusou-se a assiná-lo, o que esteve na origem da revolta popular que causou o seu afastamento do poder e uma mudança no regime em Kiev.
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