A luta pelos 600 euros de salário mínimo nacional vai continuar - Jerónimo de Sousa

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 dez (Lusa) - O secretário-geral do PCP afirmou hoje que a luta do seu partido pelos 600 euros de salário mínimo nacional vai continuar, e manifestou-se convicto de que acabará por triunfar, como aconteceu com o aumento das pensões.

Jerónimo de Sousa transmitiu esta posição aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, na sequência do XX Congresso do PCP, realizado no início deste mês.

"A luta pelos 600 euros de salário mínimo é uma luta para continuar, porque não se esgota em relação a qualquer acordo, entendimento ou posicionamento, seja do Governo, seja de forças sociais", declarou o secretário-geral do PCP.

Jerónimo de Sousa referiu que há cerca de um ano, no debate do Orçamento do Estado para 2016, os comunistas estiveram "sozinhos, totalmente isolados, em relação à necessidade de aumento das pensões e das reformas", mas persistiram nessa reivindicação.

"E a verdade é esta: a partir do ano de 2017, e particularmente de agosto, vai haver o maior aumento das reformas dos últimos anos", salientou.

"Para nós, um objetivo justo não deixa de ser justo mesmo que momentaneamente não seja alcançado. Persistiremos, e naturalmente dependendo também da própria luta dos destinatários desta nossa proposta, dos trabalhadores com o salário mínimo nacional, temos a certeza de que um dia esta proposta, esta iniciativa, este objetivo tão justo acabará por triunfar", acrescentou.

A delegação do PCP que hoje se reuniu durante cerca de 45 minutos com o Presidente da República incluiu também os dirigentes nacionais Jorge Cordeiro, Fernanda Mateus e João Oliveira, líder da bancada parlamentar comunista.

Jerónimo de Sousa disse que o PCP veio apresentar a Marcelo Rebelo de Sousa "as principais conclusões do XX Congresso do PCP" e fez uma abordagem da situação internacional, descrevendo-a como "de grande incerteza e instabilidade", com "ameaças de guerra, limitações à democracia e à soberania dos povos".

A integração no euro, a renegociação da dívida pública e a banca também foram temas em cima da mesa, mas o secretário-geral do PCP frisou que o seu partido não veio tentar "convencer o senhor Presidente da República" em relação a estes temas.

"Viemos no essencial afirmar aquilo que são as nossas propostas, a nossa análise, a nossa visão", afirmou.

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