Aumento do salário mínimo afeta cem mil trabalhadores das IPSS
Porto Canal (MYR)
A inflação do salário mínimo dos 530 para os 557 euros, terá reflexos diretos e indiretos em cem mil trabalhadores das IPSS, num grupo de 250 mil pessoas, adiantou o Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia ao Diário de Notícias, esta quinta-feira.
A estimativa do CNIS baseia-se na combinação de "cerca de 30%" de trabalhadores que ganham o salário mínimo, passando automaticamente dos 530 para os 557 euros, com outros que surgem "em tabelas imediatamente a seguir", os quais também acabam por beneficiar com o novo valor. "No conjunto, atingirá seguramente os 40%" explicou Lino Maia.
O aumento do SMN "é uma boa medida e uma medida necessária", acrescentou. Mas obriga a uma compensação por parte da tutela.
Este ano, o Estado transferiu cerca de 1400 milhões de euros para as 4100 IPSS em atividade no País (das quais 2900 são filiadas na CNIS). Ao nível das despesas, o apoio estatal fica próximo de cobrir os custos com vencimentos - "cerca de 55% das despesas" - mas deixará de o fazer após a entrada em vigor no novo salário mínimo.
As restantes fontes de financiamento das IPSS são "as comparticipações dos utentes, que representam mais de 50%, e a filantropia, que cobre 6% a 7% dos orçamentos", de acordo com as declarações dadas pelo Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia ao Diário de Notícias.