A equipa de basquetebol do FC Porto sofreu um desaire frente ao Benfica, por 66-72, e não conseguiu juntar a Taça Hugo dos Santos à Taça de Portugal conquistada em março diante do mesmo adversário. Ao terceiro jogo em três dias no Multiusos de Gondomar, depois das vitórias frente à Ovarense e à Oliveirense, os portistas acusaram algum desgaste e foram incapazes de travar a série de vitórias do rival que dura desde a final da prova rainha.

Protagonista de uma grande campanha e vencedor do prémio de Melhor Defensor da Liga, Tanner Omlid repetiu a titularidade (tal como os companheiros) e apareceu com a mira afinada, assinando 18 dos primeiros 29 pontos dos Dragões e assumindo as rédeas dos dois lados do campo até perto do intervalo - quando os encarnados, mais fortes nos ressaltos e no jogo interior, anularam o atraso de meia-dúzia após terem sete de vantagem (35-35).

Tão aceso como previsto, o clássico esteve momentaneamente interrompido devido a desacatos entre o banco benfiquista e a bancada portista, mas foi retado passado pouco tempo na mesma toada: com as defesas a superiorizarem-se aos ataques e o equilíbrio como nota predominante.

Cat Barber nunca se cansou de lançar, aproximou-se de Omlid no topo da lista dos marcadores e procurou sempre responder às investidas de Toney Douglas, que desenhou ou concretizou a maioria dos ataques lisboetas e deu água pela barba ao compatriota e colega de posição.

O descanso fez bem ao Benfica, que liderou durante praticamente toda a segunda parte, melhorou a percentagem de acerto, reforçou a superioridade na luta das tabelas e aproveitou alguma falta de eficácia azul e branca (até da linha de lance livre) para levar de vencida uma final mais disputada do que bem jogada (66-72).

“Foi um jogo bastante disputado e muito nivelado, tivemos alguma ineficácia ofensiva e alguma precipitação nos lançamentos. Isso permitiu transições ao Benfica, que teve uma excelente percentagem de triplos e mais ressaltos, o que acabou por fazer a diferença. Este jogo deixa-nos olhar para o futuro com bastante otimismo, continuo crentes no caráter e na personalidade de um grupo de atletas capaz de fazer bastante melhor no futuro”, declarou Fernando Sá no rescaldo da partida.

O arranque do play-off traz o Imortal ao Dragão Arena, palco do primeiro jogo dos quartos de final à melhor de três, na próxima sexta-feira às 20h00 (FC Porto TV/Porto Canal).

FICHA DE JOGO

FC PORTO-BENFICA, 66-72
Taça Hugo dos Santos, final
5 de maio de 2024
Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Luís Lopes, Paulo Marques e Vicente Martins

FC PORTO: Cat Barber (19), Charlon Kloof, Tanner Omlid (27), Cleveland Melvin (5) e Miguel Queiroz
Suplentes: Miguel Maria (3), João Guerreiro, Apolo Caetano, Luís Silva, Nuno Sá, Phil Fayne (12) e Ricardo Monteiro
Treinador: Fernando Sá

BENFICA: Aaron Broussard (8), Makram Romdhane (10), Toney Douglas (25), Terrell Carter (4) e Ivan Almeida (10)
Suplentes: Eduardo Francisco, José Silva (3), José Barbosa, Thomas Drechsel (4), Diogo Gameiro, Betinho Gomes (8) e Daniel Relvão
Treinador: Norberto Alves

Ao intervalo: 35-35
Parciais: 19-18, 16-17, 18-20 e 13-17