Recapitalização de bancos italianos "não pode ser excluída" - Responsável do BCE

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Porto Canal com Lusa

Redação, 05 dez (Lusa) -- O Governador do banco da Áustria e também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu , Ewald Nowotny, afirmou hoje que a recapitalização de alguns bancos italianos através de capitais públicos "não pode ser excluída".

"Não se pode excluir, que seja necessário o Estado adquirir participações em alguns bancos italianos", disse numa conferência de imprensa, em Viena, o também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE).

Ewald Nowotny, citado pela agência financeira Bloomberg, explicou que o caso da Itália é diferente de outros países como a Alemanha e a Áustria.

"Até agora na Itália não houve nenhuma ajuda estatal significativa ou tomada de controlo de bancos", sublinhou.

No entanto, disse Ewald Nowotny "é preciso ver que os requisitos legais [para o fazer, atualmente] mudaram".

"Não será mais fácil hoje do que talvez tenha sido mais cedo, mas é exatamente por isso que há negociações", lembrou, adiantando que "não há sinais" de que a Itália possa deixar a zona euro.

Um dia após terem sido conhecidos os resultados do referendo de domingo na Itália, que deu a vitória ao 'não' à reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, o governador do banco central austríaco considerou que os problemas dos bancos italianos são "solucionáveis".

Questionado sobre o resultado do "não" à reforma constitucional na Itália, o membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) referiu ainda que "não há nada" que sugira que este possa ter "qualquer efeito negativo" sobre o euro e sobre a taxa de câmbio do euro contra o dólar.

"Esta [a taxa] não foi particularmente afetada", sublinhou.

O primeiro-ministro Renzi anunciou que se demitia, dado que condicionou a sua participação no executivo ao resultado do referendo.

No domingo, os italianos votaram no referendo sobre a reforma constitucional que visava reduzir o poder do Senado e aumentar a estabilidade política, mas este transformou-se num plebiscito ao primeiro-ministro, Matteo Renzi.

Os apoiantes e detratores da reforma fizeram campanha como se o referendo fosse de facto um teste à gestão de Renzi, mas foi o próprio quem personalizou a reforma e anunciou que se demitiria se ela fosse chumbada.

A reforma, como a caracterizou Renzi, pretendia modernizar Itália, reduzir os custos da política, agilizar o processo legislativo e facilitar a estabilidade num país que teve 63 governos nos últimos 70 anos.

JS// ATR

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