Líder do PSD diz que crise política em Itália poderá ser mais grave que anteriores

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 05 mar (Lusa) - O líder do PSD admitiu hoje que a crise política aberta em Itália com a demissão do primeiro-ministro poderá transformar-se numa crise política mais grave do que as anteriores, sublinhando a importância da reação do sistema financeiro.

"Ninguém pode dizer que só pelo facto de a Itália há muitos anos lidar com crises políticas que esta não possa vir a transformar-se numa crise mais grave", afirmou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, num comentário ao anúncio no domingo da demissão do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, na sequência da vitória do "não" no referendo à reforma constitucional.

Passos Coelho, que falava na "ECO Talks", uma iniciativa do jornal económico digital ECO, notou que foi o próprio primeiro-ministro italiano que transformou o referendo num "plebiscito a ele próprio e ao seu Governo", colocando em causa a continuidade do executivo.

Por isso, sublinhou, Itália poderá estar neste momento numa crise política que podia "ter sido evitada".

De qualquer forma, apesar de ainda não serem claras as intenções de Matteo Renzi, já que não esclareceu se vai sair do Partido Democrático, nem se saber se poderá existir uma solução política no atual quadro ou se Itália irá partir para novas eleições, neste momento "o grande problema é saber como é que sistema financeiro e em particular sistema bancário vai reagir à crise política", disse.

"O primeiro-ministro italiano há um ano que anda a gritar aos quatro ventos que tem problemas com os bancos", referiu o líder social-democrata, considerando que a situação dos bancos em Itália "é complicada".

VAM // SMA

Lusa/fim

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