"Essa notícia não vai existir", garante António Costa sobre eventual segundo resgate

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 14 set (Lusa) -- O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que não há qualquer razão para Portugal pedir um segundo resgate, garantindo que "essa notícia não vai existir".

"Não se justifica, não há nenhuma razão substantiva para que aconteça, nem de execução orçamental, nem de evolução da dívida, nem de sistema financeiro. É verdadeiramente a não notícia de que se tem falado", afirmou António Costa aos jornalistas, quando questionado sobre a possibilidade que vem sendo referida de Portugal requerer nova ajuda financeira.

"A [agência de 'rating'] DBRS só veio dizer hoje aquilo que temos repetido e que ontem já tinha dito a Moody's. Essa notícia não vai existir, temos de procurar outra notícia porque essa não dá", acrescentou o chefe do Governo.

As declarações do primeiro-ministro foram feitas hoje durante a visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica, e acontecem quando a imprensa internacional fala na possibilidade de Portugal pedir um segundo resgate, o que já levou o presidente do PSD, Passos Coelho, a dizer que se Portugal voltar a ter um "mal maior", numa referência implícita a um novo resgate, tal acontecerá "em consequência de ato deliberado".

Já hoje, António Costa tinha dito que não tem o menor cabimento colocar-se um cenário de segundo resgate financeiro e, numa indireta ao PSD, sugeriu que quem espera o "diabo" melhor fará em dedicar-se a caçar "pokémons".

Na terça-feira, a agência de 'rating' Moody's considerou que a possibilidade de um novo resgate é "baixo".

A Moody's é uma das maiores agências mundiais que avaliam o risco de crédito e atribui a Portugal o 'rating' de Ba1 ('lixo') com perspetiva estável.

Também hoje, a agência canadiana DBRS -- a única que atribui grau de investimento à dívida portuguesa -- considerou que não há necessidade de um novo programa, em declarações à SIC.

Numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNBC, divulgada no início desta semana, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse que a sua "principal tarefa" é evitar esse cenário.

IM/GR// ATR

Lusa/fim

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