Maputo, 29 out (Lusa) - Seis pessoas acusadas de envolvimento em raptos em Moçambique foram na segunda-feira condenadas a 16 anos de prisão pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que absolveu duas no processo em causa.

O tribunal considerou provado o envolvimento dos seis arguidos no rapto de cinco cidadãos moçambicanos, quatro dos quais empresários, entre setembro de 2011 e dezembro de 2012.

Segundo o tribunal, pelo menos três dos cinco raptos renderam aos autores dos crimes mais de 336 mil euros, não se conhecendo o valor gerado pelo rapto de duas das vítimas.

Três dos cinco condenados, incluindo dois irmãos, são polícias, um dos quais da Casa Militar, a unidade da polícia moçambicana que garante a segurança do chefe de Estado moçambicano.

Com a leitura da sentença, falta ainda o desfecho de outro processo judicial em curso em conexão com a onda de raptos que tem abalado as cidades moçambicanas, que já provocou a morte de uma criança no passado fim de semana.

A criança foi assassinada pelos raptores em retaliação pelo facto de a família ter informado a polícia do local onde seria pago o resgate.

Dezenas de pessoas foram sequestradas nos últimos dois anos em Moçambique, muitas das quais libertadas mediante o pagamento de elevadas somas de resgate, perante a nítida impotência da polícia em travar este tipo de criminalidade.

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