Verbas para combate a incêndios são desviadas da segurança interna - António Costa

| Política
Porto Canal com Lusa

Monte Real, Leiria, 14 ago (Lusa) - O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que as verbas que são alocadas ao combate a incêndios florestais, em aluguer de aviões e equipamento de bombeiros, são desviadas da segurança interna, mas não da prevenção de fogos.

"O dinheiro que o Ministério da Administração Interna consome no aluguer de meios aéreos, no equipamento de bombeiros, na formação de bombeiros, na constituição de equipas profissionais, não é dinheiro que se está a desviar da prevenção. É dinheiro que se está a desviar da segurança interna", disse António Costa aos jornalistas.

Intervindo à margem de uma visita à base aérea de Monte Real, distrito de Leiria, onde se deslocou para agradecer o contributo das tripulações dos meios aéreos de Marrocos, Itália e Rússia no combate aos incêndios em Portugal, o primeiro-ministro frisou que o dinheiro para combater fogos não é investido em instalações e esquadras da GNR e PSP, cujas condições "são uma vergonha nacional".

O primeiro-ministro disse que, além das instalações, é necessário investir nas condições dos polícias e dos guardas (da GNR), "que têm péssimas condições de trabalho", aludindo também à falta de pessoal, que "é necessário aumentar".

"E é à custa do desvio desses dinheiros da segurança interna para estes meios [de combate a incêndios], que tem sido suportado este investimento", reafirmou.

António Costa disse ainda que há "uma ideia muito errada, que é a ideia de que se investe pouco na prevenção [de incêndios florestais], porque se gasta muito no combate. Pois eu digo-lhe o contrário, gasta-se muito no combate, porque se gasta pouco na prevenção", alegou, em resposta à pergunta de uma jornalista.

"É necessário que se passe a investir na prevenção, e é isso que vai passar a ser feito", argumentou.

Na visita à base aérea de Monte Real, o primeiro-ministro deixou ainda uma "saudação e alento" aos bombeiros voluntários, que classificou de "grande riqueza do país" e "espinha dorsal" da Proteção Civil, e também a todos, entidades e populações, os que estiveram "sujeitos a uma enorme pressão", no combate aos fogos da última semana.

JLS // MAG

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