Incêndios: Funchal mantém ativo Plano de Emergência Municipal
Porto Canal com Lusa
Funchal, Madeira, 12 ago (Lusa) -- O presidente da Câmara Municipal do Funchal informou que a Comissão Municipal de Proteção Civil decidiu hoje à tarde, por unanimidade, manter ativo o Plano Municipal de Emergência devido às previsões de aumento da temperatura.
"Tivemos ainda há pouco uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil e houve a decisão de manter o Plano Municipal de Emergência ativo", disse Paulo Cafôfo aos jornalistas, depois de se reunir com a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, no quartel dos Bombeiros Municipais do Funchal.
O autarca referiu que "tecnicamente os incêndios estão extintos" no concelho, mas as autoridades do concelho estão preocupadas com as previsões, que indicam haver um agravamento das condições atmosféricas (aumento do vento e subida das temperaturas) e estão monitorizar as zonas afetadas.
"Estamos preocupados com a situação de modo a que não tenhamos aqui outro episódio. Daí esta decisão, por unanimidade, da Comissão Municipal de Proteção Civil de manter ativo o Plano de Emergência Social até a situação estar segura", reforçou.
Paulo Cafôfo adiantou que "a estratégia é manter diversas equipas no terreno de vigilância e dar apoio a populações".
Está a ser efetuada a vigilância das áreas ardidas, "porque é normal alguns reacendimentos", e as equipas estão no terreno para impedir que essa situação aconteça e tome "proporções que ninguém deseja".
O responsável destacou existir também uma preocupação com as serras de Santo António, nas zonas altas da cidade, que "não foram afetadas por estes incêndios", mas foram devastadas noutros fogos ocorridos em 2010 e 2012.
Segundo o autarca, equipas estão em permanência no terreno para monitorizar esta área.
"Temos postos de vigilância fixos de modo a que tenhamos perceção de toda a área do Funchal, para que esta prevenção seja eficaz e evite danos maiores", insistiu.
O presidente da Câmara do Funchal salientou que está a ser efetuado um levantamento exaustivo, "sem leviandade", dos prejuízos provocados pelos incêndios, em coordenação com as juntas de freguesia e equipas municipais.
Há o compromisso de entregar ao Governo Regional esse relatório na próxima semana.
"Eu diria que este relatório estará pronto já na terça-feira, concluído ou finalizado com os dados totais", indicou.
Os incêndios que deflagraram na Madeira na segunda-feira, na freguesia de São Roque, no Funchal, e se alastraram a outras localidades do concelho, provocaram três vítimas mortais, cerca de mil desalojados temporários, cerca de duas centenas de casas danificadas e avultados danos materiais.
Também os concelhos da ilha registaram focos, casas da Ponta de Sol e Calheta.
Hoje, persiste um foco de incêndio na Calheta, em zona florestal.
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