CGTP diz que problema na TAP é que "pilotos querem ser accionistas da empresa privada"

| Economia
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 abr (Lusa) - O secretário-geral da CGTP-In, Arménio Carlos, disse hoje, em Lisboa, que "o problema de fundo" da greve dos pilotos da TAP é que estes profissionais "querem ser acionistas da empresa privatizada".

Lisboa, 29 abr (Lusa) - O secretário-geral da CGTP-In, Arménio Carlos, disse hoje, em Lisboa, que "o problema de fundo" da greve dos pilotos da TAP é que estes profissionais "querem ser acionistas da empresa privatizada".

"O que está ali em causa [conflito entre pilotos, empresa e Governo] é que os pilotos querem ser acionistas da empresa privatizada, esse é que é o problema de fundo, sublinhou o sindicalista, em declarações à agência Lusa.

Arménio Carlos considerou que a greve anunciada na TAP para entre 01 e 10 de maio, marcada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), "é um problema interno" da empresa e reiterou a oposição à intenção governamental de privatização da transportadora aérea portuguesa.

Segundo o dirigente sindical, a greve a TAP "é um problema interno" e "um problema do Governo, da administração e dos pilotos, porque existe uma situação em que o que está em causa não é a privatização, porque todos defendem a privatização".

"Não trabalhamos nem lutamos contra as privatizações para entrarmos como acionistas, lutamos contra as privatizações porque entendemos que as privatizações têm sido penalizadoras para os trabalhadores, para a população e para o desenvolvimento do país", frisou o sindicalista.

O dirigente sindical defendeu a necessidade de "impedir que o Estado fique refém de meios e instrumentos para se desenvolver" e que, por isso, a empresa e o Governo terão de encontrar uma solução para o problema.

"Temos um Governo que violou a lei quando declarou, em dezembro passado, a requisição civil para os trabalhadores da TAP", acrescentou Arménio Carlos, sobre a ausência da utilização da requisição civil na greve anunciada.

O sindicalista notou que, "de acordo com a lei, a requisição civil só pode ter lugar a partir do momento em que há um incumprimento dos serviços mínimos", levando a que só após o início da greve pode haver lugar à requisição civil.

"O Governo sabe que violou a lei, sabe que existem processos em tribunal, e também sabe que se voltasse novamente a recorrer à requisição civil violava novamente a lei", vincou Arménio Carlos, sublinhando que o executivo de Passos Coelho "não pode deixar de ser condenado pela requisição civil ilegal que declarou em dezembro, no âmbito de uma greve que era contra a privatização".

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 01 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir anteriores acordos, de 1999 e de dezembro de 2014, que, segundo o Sindicato dos Pilotos da Aviação, lhes davam direito a participarem no capital da transportadora no âmbito da privatização.

LYFS // ARA

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.