Sobrinho assume "todas as responsabilidades" por decisões à frente do BESA

Sobrinho assume "todas as responsabilidades" por decisões à frente do BESA
| Economia
Porto Canal

O antigo presidente executivo do BES Angola (BESA) Álvaro Sobrinho assumiu hoje "todas as responsabilidades" pelas decisões tomadas à frente da entidade, dizendo no parlamento que não vai entrar em "achincalhamentos pessoais seja com quem for".

"Durante dez anos que estive à frente da gestão do BESA mantinha-me informado, sabia do que lá se passava e decidia. E assumo todas as responsabilidades pelas minhas decisões", declarou Sobrinho na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES).

O responsável fez uma declaração inicial de menos de dez minutos perante os deputados, e declarou ser a comissão o "local e contexto apropriados" para responder a questões dentro daquilo que era o seu "conhecimento direto".

Sobrinho realçou que iria pautar as suas afirmações pelo seu "conhecimento pessoal e direto" sobre as matérias e "fornecendo factos" sobre os mesmos, abstendo-se de "comentar comentários" mesmo os referentes à sua pessoa.

"Não contribuirei para achincalhamentos pessoais sejam de quem for", sublinhou.

As insuficiências de capital na entidade angolana, que levaram à criação de uma garantia estatal de Angola sobre 3,3 mil milhões de euros, têm sido um dos pontos centrais da comissão de inquérito.

A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro e tem um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

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