Novo Banco com 15% do mercado português é activo "atractivo" - Horta Osório

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 19 set (Lusa) - Horta Osório considera que a quota de mercado detida pelo Novo Banco em Portugal torna-o um ativo "atrativo", pelo que é natural que surjam vários bancos interessados na sua compra, sobretudo, os que já atuam no mercado português.

"Um banco que tem 150 anos de história, com trabalhadores fantásticos que tinham a melhor relação com as empresas em Portugal - e que vão querer ajudar os seus clientes da melhor maneira possível e preservar o valor do banco -, e que tem 15% do mercado português, é um ativo sem dúvida atrativo", afirmou à agência Lusa o presidente do Lloyds Banking Group.

"Penso que bancos em Portugal, que têm posições grandes, mas não dominantes, têm enormes sinergias, interesse e complementaridade no Novo Banco", assinalou, à margem de uma iniciativa da Câmara de Comércio Americana em Portugal, que decorreu esta manhã em Lisboa.

"Agora, obviamente que, dado o enorme montante de capital que o banco teve que receber, vai haver uma perda e eu penso que o objetivo é minorar essa perda", referiu António Horta Osório.

"O facto de o futuro do banco ser, neste momento, incerto, obviamente não ajuda", frisou, apontando ainda para a queda da marca Espírito Santo.

"Um banco que teve que retirar a marca, devido à contaminação em termos de nome, perde um ativo importante", constatou.

E salientou: "A situação é obviamente muito difícil. Houve problemas gravíssimos no BES [Banco Espírito Santo] que eu espero que sejam apurados rapidamente, porque o povo português merece que esses problemas sejam apurados e que as responsabilidades sejam clarificadas".

No dia 03 de agosto, o BdP tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.

No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

DN // MSF

Lusa/fim

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