O risco era elevado e a tragédia confirmou-se, o Norte do país está a ser assolado por fortes incêndios que lavram há várias horas. Pelas 14h30 desta segunda-feira, mais de dois mil operacionais estavam na linha da frente do combate às chamas, apoiados por mais de 700 meios terrestres e 15 aéreos.

 

 

 

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Pelas 14h30 estavam abertas 14 ocorrências significativas em cinco distritos do Norte do país, de acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Aveiro é o distrito mais afetado pelas chamas, tendo já sido ativado o Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil, na sequência da “grave situação” desencadeada pelos incêndios florestais em curso. O fogo em Oliveira de Azeméis continua a mobilizar o maior número de operacionais (588) e meios (195 terrestres e quatro aéreos). Por sua vez, o incêndio em Sever do Vouga, que deflagrou na tarde deste domingo, permanece com duas frentes ativas, mobilizando 323 operacionais, 101 meios terrestres e quatro meios aéreos. Ainda no distrito de Aveiro, a situação em Albergaria-a-Velha tende a agravar-se, tendo obrigado à mobilização de 194 operacionais e 59 viaturas.

Já em Santa Maria da Feira deflagra um incêndio desde as 15h02 de domingo, que esta tarde ainda exige a mobilização de 84 operacionais e 27 meios. A situação agrava-se em Gondomar, com quatro incêndios ativos, que estão a mobilizar 128 operacionais, 34 meios terrestres e um aéreo.

O corte de circulação na A1 devido aos incêndios em Aveiro é total entre Coimbra Norte e Grijó (Gaia), no nó da A41, e na A17, entre o nó de Mira Norte e Aveiro. Na mesma autoestrada há corte no sentido Sul-Norte entre o nó da Tocha e Mamodeiro, segundo a GNR. Também a A32 está com corte total dos acessos à A41 em direção a Sul.

Também a circulação da A43 e na Estrada D. Miguel, ambas em Gondomar, está cortada ao trânsito devido a um incêndio em Jovim, naquele concelho, revelou à Lusa fonte da Proteção Civil.
No distrito do Porto, deflagram três incêndios significativos. O alerta soou em Baião pelas 9h53, para um incêndio florestal, que estava pelas 14h30 a ser combatido por 89 operacionais apoiados por 29 meios. 

Em Viseu, há quatro incêndios ativos: um que deflagrou este domingo à noite em Valamoso, com 64 operacionais e 16 veículos; outro que teve início em Penalva do Castelo esta madrugada, com 135 operacionais, 44 veículos e três meios aéreos; um terceiro que deflagrou na freguesia de Senhorim com 69 operacionais, 18 veículos e um meio aéreo; e um fogo que deflagrou pelas 11h53 em Nelas, com 118 operacionais e 34 meios terrestres.

No distrito de Braga, lavra um incêndio desde as 07h00, em Cabeceiras de Basto, com 164 operacionais, 50 meios terrestres e dois aéreos.

Por sua vez, em Vila Real, há um fogo ativo desde as 07h36, que está a mobilizar 126 operacionais e 36 viaturas.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de uma centena de concelhos nas regiões Norte e Centro estão esta segunda-feira em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente. Vários municípios de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio.

Devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território, a ANEPC aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para esta segunda-feira e terça-feira. Após o alerta das entidades de proteção civil, também o Governo declarou situação de alerta para todo o território do continente até às 23h59 de terça-feira, com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.