Obras na Linha de Leixões arrancam em agosto. Passageiros devem voltar a circular até ao final do ano
Porto Canal / Agências
As obras para adaptar a Linha de Leixões a passageiros, servindo como circular ferroviária do Porto, iniciar-se-ão até ao final de agosto, disse esta quarta-feira fonte oficial da Infraestruturas de Portugal à Lusa.
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De acordo com fonte da IP, os projetos em desenvolvimento envolvem a criação de novos apeadeiros provisórios junto ao Hospital de São João e Arroteia (junto à Efacec), num serviço que irá até Leça do Balio, em Matosinhos.
Além da criação de novos apeadeiros, está ainda prevista a construção de uma plataforma na linha 1 e alteamento da plataforma da linha 2 em na estação de São Gemil e o alteamento das plataformas das linhas 8 e 9 de Contumil.
"Todas as dependências existentes e novas serão dotadas de sinalética, abrigos, mobiliário urbano, iluminação, expositores para informação ao público e infraestruturas para instalação de equipamentos de venda e validação", refere fonte oficial da IP à Lusa.
Segundo a mesma fonte, o investimento ronda os 700 mil euros e será concluído em dezembro de 2024, conforme previsto num protocolo assinado em março entre a IP, a CP - Comboios de Portugal (que operará o serviço na Linha de Leixões) e a Câmara de Matosinhos, que construirá e melhorará os acessos às estações e apeadeiros, tendo sido homologado pelo secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas do anterior Governo, Frederico Francisco.
Na altura, foi anunciado que o regresso dos passageiros à Linha de Leixões seria feito ainda em 2024.
A Lusa enviou questões à Câmara de Matosinhos sobre a construção dos acessos e aguarda resposta.
No total, as paragens previstas para a Linha de Leixões, circular ferroviária do Porto usada atualmente só para tráfego de mercadorias, são Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João, São Mamede de Infesta, Arroteia e Leça do Balio.
A linha servirá o polo universitário da Asprela no apeadeiro do Hospital São João, ou polos industriais como a Arroteia (próximo à Efacec) ou em Leça do Balio (próximo à Lionesa e Unicer).
"O serviço de passageiros caracteriza-se pela implementação de dois comboios por hora e sentido", sendo que "atualmente a IP garante que um dos comboios seja o prolongamento da família de Ovar e o outro tenha origem/términus no Terminal Minho e Douro da estação de Porto-Campanhã", de acordo com o protocolo, estando em aberto a possibilidade de ambos os serviços poderem ser oriundos da Linha do Norte no futuro.
Para já, a reabertura da Linha de Leixões far-se-á apenas até Leça do Balio, ficando a faltar o percurso na sua totalidade até Leixões (Senhor de Matosinhos), que "com a relocalização ou criação de novas dependências, instalações e integração modal" com o Metro do Porto, STCP e Unir, e futura rede de 'metrobus' "é decisiva para o nível de procura" na reativação do serviço.
"Numa segunda fase serão realizados os estudos necessários para a concretização do prolongamento do serviço de passageiros" até Leixões/Senhor de Matosinhos.
Por estação, a procura anual estimada é de 502 mil passageiros por ano para Campanhã, 24,5 mil para Contumil, 123 mil para São Gemil, 444 mil para o Hospital São João, 132 mil para São Mamede de Infesta, 115 mil para a Arroteia e 49 mil em Leça do Balio.
O serviço de transporte ferroviário de passageiros na Linha de Leixões foi interrompido em 2011, estando a linha inserida numa malha urbana de forte crescimento populacional da Área Metropolitana do Porto, abrangendo parte dos concelhos do Porto, Valongo, Maia e Matosinhos.