Angeles avalia empresa em 410 ME ao pagar mais 9% por cada acção
Porto Canal
Os 4,30 euros que a Angeles oferece por cada ação da Espírito Santo Saúde (ESS), no âmbito da OPA, incorporam um prémio de 9% face ao preço atual dos títulos, avaliando a empresa em 410,8 milhões de euros.
A ESS entrou em bolsa a 12 de fevereiro, com um preço de 3,20 euros por ação, tendo valorizado 23% desde então para os 3,943 euros - o valor mais alto de sempre a que negociava hoje quando a negociação foi suspensa pelo regulador - que lhe conferem um valor de mercado de 376,7 milhões de euros.
O grupo mexicano, que anunciou hoje a Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária sobre a totalidade do capital da Espírito Santo Saúde (ESS), ao oferecer 4,30 euros por cada ação está a incorporar um prémio de 9,05% por cada título da ESS, em relação ao último preço de negociação das ações hoje (3,943 euros).
Ou seja, no valor global do capital, a 4,30 euros por ação, os mexicanos estão a avaliar a empresa portuguesa em 410,8 milhões de euros, uma valorização de 34,1 milhões tendo em conta o seu valor de mercado.
Oferece-se "um prémio de 34% em relação ao preço da Oferta Pública de distribuição das ações da sociedade visada concluída em 12 de fevereiro de 2014, o qual foi de 3,20 euros por ação", lê-se no anúncio preliminar da OPA.
O preço oferecido representa ainda, acrescentam no documento, "um prémio de cerca de 18,85% em relação ao preço médio ponderado das ações (...) no 'Euronext Lisbon by Euronext Lisbon', o mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon, nos seis meses imediatamente anteriores a este anúncio, o qual é de cerca de 3,61 euros por ação".
Por último, significa, "um prémio de 9% em relação ao último preço de negociação das ações da sociedade visada (...), no dia de hoje, o qual é de 3,943 euros", adianta o Grupo Angeles.
Hoje, antes das 16:00, isto é, na reta final para o final da sessão do mercado acionista português, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu suspender a negociação dos títulos da ESS, revelando que aguardava a "divulgação de informação relevante sobre o emitente", uma suspensão que já foi levantada.
A ESS é dona, entre outros ativos, do Hospital da Luz, em Lisboa, e gere, em regime de Parceria Público-Privada, o Hospital de Loures.
A ESS é atualmente detida maioritariamente pela Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES).
No final de maio, a ESS anunciou que o seu lucro quase duplicou em termos homólogos no primeiro trimestre do ano, para 4,6 milhões de euros.