Há um movimento no Porto que reclama mais árvores nas caldeiras vazias da cidade
Maria Abrantes
Existe uma ação, a decorrer na cidade do Porto, que insta à plantação de árvores na zona urbana do município.
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A ação de sensibilização, inspirada no movimento que teve origem em Coimbra, é levada a cabo pela Campo Aberto e pelo Grupo Garra, duas associações que promovem o exercício da cidadania no domínio do ambiente.
À semelhança do que aconteceu na ‘cidade dos estudantes’, membros das duas associações identificaram várias caldeiras vazias, onde seria possível plantar (de novo) uma árvore. Ao todo, foram colocadas 40 tabuletas, tendo sido identificadas mais de 70 caldeiras que, em tempos, já foram casa de uma ou mais árvores.
“Temos de tratar mais das árvores. Temos de arborizar mais a cidade. E a Câmara (Municipal), aparentemente, está interessada nisso. É preciso é pôr em prática”, diz Pedro Pardinha, membro do grupo GARRA que, em conjunto com a Associação Campo Aberto, promove a ação pela cidade e apela à urgência de colocar em prática o plano de arborização do município, apresentado em maio do ano passado.
“Há cidades que já estão a tomar medidas a sério nesse sentido, como Barcelona ou Paris, e nós não podemos ficar só por intenções. Temos que pôr árvores nos sítios. E é obrigação, entendemos nós, deste Executivo, que fez já este investimento, começar a pôr plantas, pôr árvores, nas ruas”, acrescenta.
Margarida Mendes, membro da direção da Campo Aberto, salienta que a replantação que reclamam “não necessita de um esforço, nem de um investimento assim tão grande. Ao longo de décadas, o coberto vegetal da cidade tem diminuído drasticamente, numa altura em que aumentou drasticamente a circulação automóvel. Portanto, é realmente importante que esta tendência se inverta. Ou seja, que comece a haver um maior coberto vegetal para o benefício de todos”.
Através de um código QR, instalado nas tabuletas que empenham a frase “Quero ser uma Árvore”, é possível aceder ao comunicado promovido por ambas as associações, assim como a toda a informação relativa ao movimento.
As tabuletas, reutilizadas da ação de Coimbra serão, entretanto retiradas, para seguirem para outra ação, numa nova cidade do país com carência de arvoredo.