Advogado de César Boaventura já está no Tribunal de Matosinhos
Porto Canal
Tem lugar esta quarta-feira a leitura do acórdão do julgamento de César Boaventura, no Tribunal de Matosinhos. Em causa está o aliciamento dos jogadores Marcelo, Cássio, Lionn – os três, à época, ao serviço do Rio Ave – e de Salin – então no Marítimo – para facilitarem em jogos contra o Benfica na época 2015-16.
Estando a audiência agendada para as 15h30, o advogado de César Boaventura já está no tribunal e dirigiu-se para a sala de audiências 3.
Arrancou em janeiro o julgamento em que Boaventura é acusado pelo Ministério Público de três crimes de corrupção ativa e um crime de corrupção ativa na forma tentada
Depois de Marcelo e Cássio, também Lionn confirmou no Tribunal de Matosinhos uma proposta para “facilitar” num jogo frente ao Benfica. O julgamento foi marcado por testemunhos de antigos jogadores que confirmaram as tentativas de aliciamento para perder em jogos contra o clube encarnado, na época 2015-16.
“Ele disse-me que tinha uma proposta para me fazer para o jogo do Benfica, que eram 80 mil euros em notas de 500 euros”, afirmou esta sexta-feira o atual diretor desportivo do Ribeirão 1968 FC.
Lionn afirmou perante o tribunal que lhe foi pedido que cometesse um penálti e fosse expulso durante o jogo, sinalizando a ação com um “murro no chão”.
Na sua primeira intervenção no julgamento, Boaventura refutou categoricamente as acusações dos ex-jogadores. “É uma pouca vergonha o futebol em Portugal. As pessoas deixaram de ter escrúpulos, acusa-se só por acusar. Estes jogadores não passaram dos salários base do futebol e, depois disto, ganharam muito dinheiro”, atirou o empresário.