Administração de condomínio do STOP corta a luz aos músicos
João Nogueira
Os músicos do STOP estão a ser surpreendidos com um corte de eletricidade em várias salas. A ordem partiu da administração de condomínio a cargo de Ferreira da Silva, que abandona funções a partir desta terça-feira. Até ao momento, “os artistas não sabem de nada”, alerta Mariana Costa, dirigente da associação Alma STOP.
Os músicos do STOP estão a ser surpreendidos com um corte de eletricidade em várias salas. A ordem partiu da administração de condomínio a cargo de Ferreira da Silva, que abandona funções a partir desta terça-feira. Até ao momento, “os artistas não sabem de nada”, alerta Mariana Costa, dirigente da associação Alma STOP.
“Os músicos começaram a entrar nas salas e a perceber que não tinham luz, sem qualquer comunicação ou aviso”. As palavras são de Mariana Costa, responsável pela associação Alma STOP, que sublinha a ausência de respostas em relação ao futuro do Centro Comercial.
Inicialmente, os músicos pensaram que se tratava de um corte de luz temporário, mas a questão ia além disso. Segundo Vladimir Pereira, proprietário e também ligado ao condomínio, o problema foi levantado pelo antigo administrador, Ferreira da Silva.
“É uma questão profunda e que ascende a acordos feitos há muitos anos. No fundo, ele concordou em fazer puxadas de eletricidade das zonas comuns para as frações, negociando uma espécie de renda mensal por esse serviço. Estamos a falar de contratos ilegais”, explicou Vladimir.
Segundo o proprietário de frações relativas à garagem do STOP, foi a própria administração do condomínio que “chamou um eletricista para efetuar os cortes”.
O Porto Canal contactou o administrador Ferreira da Silva, mas não obteve resposta.
Mudanças preocupam artistas
Sublinhando que os músicos não têm qualquer resposta, a dirigente da Alma Stop, Mariana Costa, referiu que a maioria está preocupada pela falta de resposta e por não saber nada sobre as atuais mudanças.
“Este é só um dos casos que mostra que não nos estão a comunicar nada”, comentou Mariana Costa sobre os cortes de eletricidade.
Mas Vladimir Pereira realça que “todos os que queiram o funcionamento do STOP em pleno e em segurança” compreendem as mudanças. “O que os músicos devem fazer agora é contactar os proprietários para serem celebrados contratos legais com a EDP”, acrescentou.
Mas as inquietações dos músicos vão mais longe. Além destes cortes de eletricidade, há um sentimento de desconfiança quanto ao encerramento obrigatório do edifício às 23 horas e à permanência dos bombeiros no STOP.
Após uma reunião no final de novembro entre a Alma STOP e o vereador Ricardo Valente, responsável pelo pelouro da fiscalização, foi aberta a possibilidade da alteração da mudança do horário, “desde que fosse mantido o período de 12 horas de funcionamento”.
O facto foi comunicado ao condomínio, contudo, nunca chegou a ser acolhida, lamenta a Alma STOP.
Em declarações ao Porto Canal, outro membro do condomínio disse compreender a apreensão dos músicos, contudo acrescentou “não ver motivos para preocupação”, porque está a ser feito um esforço “consciente” e “legal” para que o edifício continue a funcionar.
A associação ALMA STOP insiste que a falta de resposta e explicação dos acontecimentos inquieta os músicos, que são, defende, quem manteve o STOP aberto até hoje.
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