Vítimas de abusos sexuais da Igreja querem sensiblizar Marcelo

Vítimas de abusos sexuais da Igreja querem sensiblizar Marcelo
Lusa
| País
Porto Canal / Agências

A associação Coração Silenciado, que representa vítimas de abusos sexuais na Igreja Católica, espera sensibilizar o Presidente da República para este problema na reunião desta sexta-feira e assim contribuir para diminuir o sofrimento das pessoas.

Marcelo Rebelo de Sousa recebe a associação de vítimas no Palácio de Belém, em Lisboa, a partir das 17:30, sensivelmente 11 meses depois de ser conhecido o primeiro relatório nacional sobre este tema, realizado pela Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica.

Apesar de não quererem prestar declarações públicas antes do encontro com o chefe de Estado, representantes da Coração Silenciado indicaram à Lusa que esperam poder apresentar a Marcelo Rebelo de Sousa ideias novas para impedir que possam ocorrer mais abusos na Igreja e questionar o que está a ser feito para ajudar as vítimas e a forma como este processo tem decorrido mais recentemente, agora através do Grupo VITA.

Dois dias depois, em 14 de janeiro, domingo, a Associação Coração Silenciado será recebida pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), um encontro anunciado desde final de dezembro e que acontece na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo, no Santuário de Fátima.

Na reunião devem participar, pelo episcopado português, o presidente e vice-presidente da CEP, José Ornelas e Virgílio Antunes, respetivamente, e o secretário da Conferência, padre Manuel Barbosa.

O encontro realiza-se cerca de dois meses depois de a Coração Silenciado ter manifestado, em carta aberta aos bispos católicos portugueses, “tristeza, desagrado e indignação” pela forma como têm “lidado com o tema dos abusos sexuais na Igreja que conduzem”.

Na carta, datada de 02 de novembro, a associação considerava que “nove meses depois da apresentação do relatório da comissão criada (…) para o estudo deste tema, (…) muito poucas foram as ações desenvolvidas e as atitudes concretas levadas a cabo”.

O relatório apresentado em fevereiro de 2023 pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, validou, ao longo de quase um ano de trabalho, 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas.

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