“AMP é um colégio de presidentes de Câmara”. Rui Moreira volta a criticar Área Metropolitana

“AMP é um colégio de presidentes de Câmara”. Rui Moreira volta a criticar Área Metropolitana
| Norte
Fábio Lopes

Rui Moreira considera que a Área Metropolitana do Porto (AMP) é um “colégio de presidentes de Câmara”. O diagnóstico do autarca portuense foi deixado numa entrevista exclusiva ao Porto Canal, no qual o independente teceu duras críticas ao modelo de governação metropolitana.

“A AMP tem vários problemas. Tem, desde logo, um problema espacial. Nós temos um mapa desalinhado”, começou por referir Rui Moreira, reprovando o desenho geográfico da AMP.

 

“Há um conjunto de municípios que não estão na região Norte, estão noutra região. A AMP de Lisboa não tem essa circunstância. A AMP de Lisboa, a NUT II e a NUT III, correspondem ao mesmo mapa, aqui temos um mapa desalinhado. Isto causa um enorme problema”, vinca o edil da Invicta, censurando ainda o modelo de governação da AMP.

Modelo de governação gera discórdia na AMP

“Eu gostaria que na AMP houvesse uma formulação em que o poder de decisão não fossem os Presidente de Câmara. Aquilo no fundo é um colégio de presidentes de Câmara”, atira Rui Moreira.

Tal cenário causa “um problema irresolvível de governação”, na ótica do presidente da Câmara do Porto, o que permite defender que “não se devem passar mais competências, neste momento, para a Área Metropolitana, sob pena de alguém exercer um direito de veto, porque lhe apeteceu, ou porque acha que é do interesse do seu município ou do seu partido ou da sua fação dentro do partido”, realça Rui Moreira.

A divisão no seio da Área Metropolitana do Porto (AMP) não é novidade. Em outubro passado, o autarca portuense já havia defendido que alguns dos municípios mais pequenos da Área Metropolitana do Porto “não têm estratégia metropolitana” e não deviam integrar a região.

“Uma metrópole tem de funcionar como os barcos a remo, tem de haver um ritmo. Não pode alguém levantar os remos e esperar que os outros remem por ele”, referiu então o autarca na sessão de apresentação da exposição Fundos (h)à Porto, que até ao dia 15 de Dezembro mostra, no átrio dos Paços do Concelho, os projetos da autarquia apoiados por fundos europeus e outras fontes de financiamento.

As declarações não caíram bem junto de alguns municípios. Em declarações ao Porto Canal, a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, havia dito que na Área Metropolitana do Porto "há um caminho a fazer em conjunto" e que os “territórios rurais não são de segunda”.

Este é assim mais um capítulo num denso enredo que vem demonstrando a desunião que impera no seio da AMP.

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