António Costa: "É uma etapa da vida que encerro de cabeça erguida e com consciência tranquila”

António Costa: "É uma etapa da vida que encerro de cabeça erguida e com consciência tranquila”
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Porto Canal

O primeiro-ministro apresentou esta terça-feira a demissão após buscas da Polícia de Segurança Pública (PSP) na sua residência e em vários ministérios

“Obviamente apresentei a minha demissão ao Presidente da República”, realçou na declarações no Palácio de São Bento.

“Ao longo destes quase oito anos em funções como primeiro-ministro dediquei-me de alma e coração a servir Portugal e os portugueses”, começou por dizer Costa, enfatizando que está disposto a continuar a cumprir o mandato até ao seu fim.

“Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou censurável”, afirma o primeiro-ministro.

“A dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade, boa conduta e menos ainda a suspeita de prática de acto criminal”.

António Costa termina a sua intervenção com agradecimentos a todos os que integraram o seu executivo, aos partidos da oposição, aos partidos da “geringonça” e ao partido socialista.

“É uma etapa da vida que encerro de cabeça erguida e com consciência tranquila”.

 

Durante a manhã desta terça-feira, foi tornado público buscas da Polícia de Segurança Pública (PSP) em vários ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, no Palácio de São Bento. Em causa está um inquérito que está a investigar a exploração de lítio em Montalegre e a suspeita de crime nos negócios do hidrogénio verde.

A meio da manhã, já tinham sido detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo de Costa, Diogo Lacerda Machado, e o presidente da Câmara de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, assim como dois executivos de empresas, avançou o jornal Público.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça. “No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”, lê-se numa nota hoje divulgada pela PGR.

Estão a ser alvo de buscas e serão constituídos arguidos os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, assim como o antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

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