Novo hotel vai nascer em antigo edifício da U. Porto. Demolições arrancaram esta terça-feira

Novo hotel vai nascer em antigo edifício da U. Porto. Demolições arrancaram esta terça-feira
Porto Canal
| Porto
Ana Francisca Gomes

O antigo Colégio Almeida Garrett, entre a Praça Coronel Pacheco e a rua do Mirante, no Porto, começou na manhã desta terça-feira a ser demolido, seis anos após o edifício ser vendido pela Universidade do Porto à empresa Real Douro. No terreno com uma área total de 8.520 metros vai nascer um novo hotel de 4 estrelas. Neste momento, a cidade do Porto tem 98 hotéis em fase de licenciamento, que se vão somar aos 148 hotéis atualmente em funcionamento.

 
 
 
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Em resposta ao Porto Canal, a Câmara Municipal do Porto esclareceu que “a operação urbanística em apreço reporta-se à demolição, alteração e ampliação de um conjunto de seis edificações existentes, promovendo ainda alterações significativas nos arranjos exteriores”.

O promotor da obra é a empresa Porto Praça Coronel Pacheco, Unipessoal Lda, com sede na rua Castilho, em Lisboa, e está ligada à imobiliária francesa Legendre Immobilier e ao empresário Jean-Baptiste Guy Henri Martin.

Segundo a autarquia, ali nascerá um hotel de 4 estrelas, com 190 quartos.

Mas os planos anunciados para o espaço já foram diferentes. Em 2020, a agência Lusa avançou que a Qbic Hotels International Management apresentou um Pedido de Informação Prévia (PIP) “para instalação de uma unidade hoteleira com três estrelas com 240 quartos e habitação no edifício a reabilitar na frente urbana da travessa de Cedofeita, com oito fogos de tipologia T0”. Mas já antes, em 2018, tinha sido anunciado que o edifício seria transformado num edifício de habitação composto por estúdios destinados a jovens e a estudantes.

O edifício foi alienado pela Universidade do Porto em hasta pública no ano de 2017, tendo, na altura, ficado o imóvel na posse da Real Douro, Promoção e Gestão Imobiliária por 6,1 milhões de euros.

Manuel Pizarro, então vereador eleito pelo PS na Câmara do Porto, defendeu que a autarquia deveria comprar o antigo colégio. À data, a autarquia adiantou que não poderia, “mesmo querendo”, exercer o direito de preferência sobre o antigo colégio Almeida Garrett, por não se tratar de edifício protegido ou sequer abrangido por uma Operação de Reabilitação Urbana.

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