Israel e Palestina. O novo capítulo de uma guerra com mais de 70 anos
Porto Canal
Os conflitos entre Israel e o Hamas, que lançou um ataque-surpresa no sábado, 7 de outubro, são o capítulo mais recente de sete décadas de guerra entre israelitas e palestinianos, que desestabilizou o Médio Oriente. A Faixa de Gaza está cercada desde que o grupo islamita Hamas fez uma incursão sem precedentes a Israel, matando e raptando centenas de civis e militares.
Desde então, Israel tem bombardeado Gaza e avisou os residente no norte do território para se deslocarem para sul, numa indicação de que poderá fazer uma ofensiva terrestre contra o Hamas. Esta é uma escalada sem precedentes num dos maiores conflitos no Médio Oriente.
O balanço mais recente sobre este conflito, dá conta de cerca de 2750 pessoas mortas por ataques israelitas na Faixa de Gaza. Estes números foram atualizados e divulgados esta segunda-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas, o movimento islamita no poder no enclave palestiniano.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os ataques israelitas também deixaram “mais de 9.700 feridos” naquele território palestiniano. Israel tem apelado aos cerca de 1,1 milhões de residentes do norte de Gaza, cerca de metade da população do território, para fugirem para Sul.
O objetivo é atacar o Norte da cidade de Gaza para destruir o centro de operações do movimento islamita Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas em Israel no dia 7 de outubro. A ONU calcula que a guerra entre Israel e o Hamas já tenha provocado mais de um milhão de deslocados na Faixa de Gaza em apenas nove dias.
No dia 10 de outubro, a Câmara Municipal do Porto iluminou-se com as cores da Palestina. A autarquia esclareceu que com a iniciativa “manifesta solidariedade ao povo daquele país pelos recentes ataques reivindicados pelo grupo islâmico Hamas”. Mas no dia seguinte, a 11 de outubro, tal como o Porto Canal noticiou, a cidade amanheceu com a Sinagoga da Comunidade Israelita do Porto vandalizada. As frases "Free Palestine" (Palestina Livre) e "End Israel Apartheid" (Acabem com o apartheid de Israel) foram grafitadas no muro da sinagoga, na zona da Boavista.
Ainda na cidade do Porto, cerca de uma centena de manifestantes com lenços tradicionais da Palestina concentraram-se este sábado, 14 de outubro, em frente à antiga Cadeia da Relação pela libertação da Palestina com bandeiras do país e cartazes a dizer Palestina Free.
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