Ponte Luiz I entre Porto e Gaia volta a ter circulação automóvel, mas apenas à noite
Porto Canal
A Ponte Luiz I entre o Porto e Vila Nova de Gaia vai voltar a ter circulação automóvel, após o período interditado desde o final das obras de reabilitação de junho. A partir deste domingo, 1 de outubro, entre as 20 e as 6 horas, todos os veículos motorizados podem atravessar a estrutura que liga as margens das duas cidades.
Desde o fim dos trabalhos da ponte construída no século XIX que só era permitida a passagem a peões, velocípedes, transporte público e veículos de emergência médica. Agora, informa a Câmara do Porto em comunicado enviado para as redações, os municípios de Gaia e Porto consideram que a utilização de carros é compatível com peões durante o período noturno.
“Os Municípios do Porto e Vila Nova de Gaia vêm monitorizando a situação, através da recolha de dados de tráfego e solicitações de munícipes, tendo identificado como a procura pedonal após as 20 horas é compatível com a dimensão do espaço afeto ao peão e à potencial procura dos restantes modos de transporte”, explica a autarquia do Porto.
A decisão inicial de restringir a circulação na Ponte Luiz I prendia-se com a necessidade de maior segurança rodoviária, numa via altamente congestionada pela passagem de peões, num local predominantemente turístico.
O período entre as 20 e as 6 horas “coincidente com a redução da oferta de transporte público”, explica ainda a Câmara do Porto. Também ajuda a facilitar a “acessibilidade local e operações logística”, uma das principais críticas dos empresários da Ribeira e do Cais de Gaia.
Para a reabilitação do tabuleiro inferior da ponte, foi feito um investimento de 4,2 milhões de euros, 900 mil euros mais caro do valor inicialmente previsto, segundo adiantou fonte da IP ao Porto Canal.
Numa primeira instância, a conclusão da empreitada estava prevista para outubro de 2022, mas devido à descoberta de elementos com “média a elevada corrosão” em quantidade superior ao que seria expectável e aos constrangimentos no fornecimento de aço provocados pela guerra na Ucrânia, as obras atrasaram.