CDU insta Câmara do Porto a reverter encerramento do Stop e a dar prazo para "obras imprescindíveis"

Porto Canal
A CDU pretende que a Câmara do Porto reverta a decisão de encerrar o centro comercial Stop e continue a negociar para reforçar as condições de segurança do edifício, "dando o prazo necessário" para a execução das obras.
Foi esta sexta-feira afixado no Centro Comercial STOP um edital, datado da passada quinta-feira, que notifica os artistas do STOP da decisão da Câmara Municipal do Porto de "cessação da utilização do edifício".
O documento, assinado por Cristina Douteiro, Diretora do Departamento Municipal de Fiscalização, destaca que "tal medida de tutela absolutamente urgente" é tomada para a "salvaguarda do princípio da igualdade e do interesse público municipal".
A decisão é tomada por força das conclusões insitas no Relatório de Inspeção Extraordinária do ANEPC, datado de 18 de agosto, e do respetivo despacho de concordância proferido pelo Senhor Direto Nacional do ISEPC, que apontam para "um risco iminente para a segurança de pessoas e bens".
Neste sentido, a CDU, em comunicado, a que o Porto Canal teve acesso, assinala o desejo de que a autarquia reverta a decisão de encerramento e que opte pela "continuação do desenvolvimento das negociações e diligências" para reforçar as condições de segurança do mítico espaço portuense, "dando o prazo necessário para a execução das obras imprescindíveis".
Ilda Figueiredo pretende que a autarquia exija ao Governo "todas as medidas necessárias" para garantir que os mais de 500 músicos que trabalham e ensaiam no Stop possam continuar a desenvolver as suas atividades naquele local "complementado pelas instalações da Escola Pires de Lima".
A CDU destaca ainda, em comunicado, que "o Governo, e designadamente o Ministro da Cultura não pode continuar indiferente a esta grave situação que pode destruir um complexo cultural que os músicos souberam construir num centro comercial desajustado e praticamente abandonado, transformando-o num exemplo da cidade do Porto, da região e do próprio país".
Recorde-se que a decisão de encerramento do espaço foi conhecida a um de setembro. 45 dias após a ação da Câmara do Porto que levou ao fecho de dezenas de lojas, um relatório da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a que o Porto Canal teve acesso, evidencia “a falta de segurança do edifício.
O Porto Canal acompanhou uma das noites de ensaios onde várias bandas, de diferentes estilos, dão vida ao centro comercial dos anos 80.
Ver esta publicação no Instagram