CP pronta a servir Linha de Leixões se houver paragens no Hospital São João e Arroteia
Porto Canal / Agências
A CP - Comboios de Portugal está pronta a reativar o serviço na Linha de Leixões até Leça do Balio, partindo de Campanhã, se forem construídas paragens no Hospital São João e Arroteia, divulgou esta sexta-feira a empresa em Ermesinde (Valongo).
De acordo com um estudo apresentado esta sexta-feira na conferência "A Abertura da Linha de Leixões", realizada no âmbito da Entre Linhas - Festa do Ferroviário, organizada pela Câmara de Valongo e que acontece até domingo em Ermesinde e na Gandra, a CP tem capacidade para oferecer, atualmente, frequências de um comboio por hora.
Para tal, segundo explicou o administrador da CP Pedro Ribeiro, seria feita uma extensão dos comboios que vêm da Linha do Norte (Granja, Ovar e Aveiro) que ficam em Porto Campanhã rumo a Leça do Balio, em vez de ficarem parados na estação portuense.
Assim, numa primeira fase, de acordo com o estudo da CP apresentado hoje, as estações servidas seriam Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (servindo também o polo universitário da Asprela), São Mamede de Infesta, Arroteia (servindo a Efacec) e Leça do Balio (servindo a Lionesa e Unicer).
"O serviço comercial contemplará um comboio por hora em cada um dos sentidos, num total de 34 por dia útil. Estima-se que quando a procura estiver estabilizada, a procura seja de cerca de 1,6 milhões de passageiros por ano", de acordo com o vídeo oficial da CP.
Por estação, a procura estimada é de 502 mil passageiros por ano para Campanhã, 24,5 mil para Contumil, 123 mil para São Gemil, 444 mil para o Hospital São João, 132 mil para São Mamede de Infesta, 115 mil para a Arroteia e 49 mil em Leça do Balio.
Numa segunda fase do projeto, o objetivo da CP, segundo o áudio do vídeo apresentado, "devem ser considerados o apeadeiro de Guifões e a estação terminal de Leixões" (próxima à estação de metro do Senhor de Matosinhos), mas no gráfico apresentado no vídeo é possível ver o apeadeiro de Custió-Araújo (próxima às estações de metro da Linha Verde para a Maia).
De fora fica uma interligação ao Metro do Porto com o canal da Linha Vermelha, que vai até à Póvoa de Varzim, e da Linha Violeta, que serve o Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
O projeto também não prevê qualquer ramal de ligação da própria Linha de Leixões ao aeroporto, que fica a cerca de dois quilómetros de distância, confirmou também José Eduardo Pena, da Direção de Planeamento Estratégico da Infraestruturas de Portugal (IP), privilegiando o futuro acesso da Linha de Alta Velocidade vinda em túnel de Campanhã.
José Eduardo Pena confirmou também que a duplicação da linha não está prevista neste momento, e quanto à construção dos apeadeiros necessários para a reabertura da linha, disse que face aos procedimentos de contratação de projeto a construção, apontou para "um dois anos" para essa construção.