BES reconhece imparidade superior a 100 ME na participação detida na PT

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 jul (Lusa) - O Banco Espírito Santo (BES) reconheceu nos seus resultados semestrais uma imparidade no valor de 106,1 milhões de euros na participação que detém na Portugal Telecom (PT), que traduz a forte desvalorização em bolsa das ações da operadora.

"À data de 30 de junho este investimento [do BES na PT] tinha um valor de aquisição de 346,6 milhões de euros e um valor de mercado de 240,5 milhões de euros (desvalorização de 31%). Em consequência foi registada uma imparidade no valor de 106,1 milhões de euros", lê-se no relatório do BES relativo às contas semestrais.

O banco agora liderado por Vítor Bento destacou que "como a perda potencial já vinha sendo deduzida ao capital próprio (reserva de justo valor negativa), o impacto nos rácios de capital foi diminuto".

O BES é o maior acionista da PT, com uma posição ligeiramente acima dos 10%, pelo que está a sentir o efeito da queda vertiginosa da cotação dos títulos da empresa liderada por Henrique Granadeiro.

Na sessão bolsista de terça-feira, as ações da PT recuaram mais 2% para um valor de fecho de 1,686 euros, depois de terem testado um novo mínimo histórico nos 1,67 euros.

Só desde o início do ano a desvalorização da PT atinge os 47%, ou seja, a operadora perdeu praticamente metade do seu valor de mercado em sete meses, e nunca valeu tão pouco desde que começou a ser transacionada no mercado em junho de 1995.

A queda a pique do valor de mercado da operadora começou depois de se ter tornado público que a PT investiu quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rio Forte, empresa de topo do Grupo Espírito Santo (GES) que pediu (e viu aceite) recentemente para ficar sob gestão controlada às autoridades luxemburguesas, a par de outras duas 'holdings' do grupo (que é o maior acionista do BES, com 20,1%).

Tal como a Rio Forte, também a Espírito Santo International (ESI) e o Espírito Santo Financial Group (ESFG) estão em processos de gestão controlada no Luxemburgo, país onde têm as suas sedes, dada a impossibilidade de cumprirem os compromissos financeiros assumidos, nomeadamente, no que toca a dívida emitida e cujas maturidades já foram atingidas sem os devidos reembolsos aos investidores.

DN/IM // ATR

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