Márcio Filipe pratica Parkour desde os 13 anos e foi amor ao primeiro salto
Maria Pinto Silva
São muitos os que acham que trepar muros e dar saltos entre edifícios é coisa de “louco”, mas o parkour é o desporto perfeito para quem não tem medo de enfrentar os seus medos e quer ultrapassar os seus próprios limites. A cidade do Porto é o palco de Márcio Filipe. O jovem portuense tem 28 anos, mas foi aos 12 que se apaixonou por este desporto.
Há mais de uma década e meia que pratica esta mobilidade diariamente e enche as ruas do Porto de adrenalina. Porque foi na rua que Márcio deu os primeiros saltos enquanto traceur (o nome que designa um praticante de parkour). Tinha apenas 12 anos, uma grande paixão e um amigo com quem descobriu este desporto, através do YouTube. Aprendeu a ver os outros e também pela tentativa e pelo erro. Um punho e um pé partido e alguns arranhões depois, Márcio conquista turistas e moradores da Invicta com o seu talento.
Um dos grandes objetivos do jovem de 28 anos é trazer cada vez mais atletas de todo o mundo a treinar na cidade. “Há algum tempo que tinha o objetivo criar um evento em Portugal até porque eu queria fazer com que o Porto fosse um local de treino de parkour para atletas de todo o mundo”, referiu.
“Embora muita gente ache que o parkour é mais físico do que mental, eu discordo. Eu acho que o parkour é mais mental do que físico. A técnica no chão é muito fundamental e é um ambiente muito mais seguro onde podemos explorar os nossos limites, e depois sim podemos aplicar a técnica em mais altura quando temos a certeza da nossa capacidade”, afirma o jovem portuense.
Foi em 2016 que abriu a Academia “Eu+”, uma academia de treinos para miúdos e graúdos experimentarem esta modalidade com toda a adrenalina e segurança. Hoje em dia conta com cerca de 80 alunos sendo que o mais velho tem 53 anos e o mais novo seis.
Existem riscos em todos os desportos e neste não é diferente. O importante é “ter consciência e calma” ao praticar a mobilidade, revela. A conta de instagram de Márcio está repleta de vídeos de cortar a respiração e já não se contam pelos dedos os vídeos que viralizaram e chegaram aos sete cantos do mundo.
Uma coisa é certa: apesar de o Parkour não ser um desporto muito valorizado em Portugal, Márcio tem crescido bastante nas redes sociais e promete continuar a pôr o Porto nas bocas do mundo.
Ver esta publicação no Instagram