Demissão do presidente da ACM Stop recusada "por falta de assinatura"
Porto Canal/Agências
A demissão de Rui Guerra como presidente da Associação Cultural de Músicos do Centro Comercial Stop (ACM Stop), no Porto, não foi aceite pelo presidente da assembleia geral "por falta de assinatura", segundo documentos a que a Lusa teve acesso.
Num comunicado enviado à direção da ACM Stop a que a Lusa teve acesso, o presidente da assembleia geral da associação de músicos, Jorge Guimarães Silva, afirma ser "obrigado a recusar" o pedido de demissão de Rui Guerra "por falta de assinatura".
"Quero, no entanto, pedir ao presidente Rui Guerra que pondere sobre a sua vontade de se demitir, devido ao momento que o C.C. Stop atravessa. Mais do que nunca, precisamos de todos e de união", conclui o comunicado.
A Lusa tentou contactar Rui Guerra, mas sem sucesso até ao momento.
No dia 18 de julho, a Polícia Municipal do Porto selou mais de uma centena de lojas, estúdios e salas de ensaio por falta de licenças, deixando quase 500 artistas e lojistas sem ter “para onde ir”.
Dez dias depois, o presidente da Associação Cultural de Músicos do Stop (ACM Stop), Rui Guerra, pediu a demissão do cargo, acusando a associação Alma Stop de tentar impor uma contraproposta para reabertura imediata do centro comercial no Porto, o que esta refutou.
Na origem da discórdia esteve uma contraproposta feita pela Alma Stop para uma reabertura do espaço, que à data a Câmara do Porto se escusou a comentar, lembrando que esperava uma posição comum e apelando a que os representantes se entendessem.
O entendimento entre as associações chegou no dia 02 de agosto, e no dia 04 o centro comercial Stop, que funciona há mais de 20 anos como espaço cultural em que diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas, reabriu a maioria das suas salas.
No local está em permanência um corpo do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, com um carro à porta, uma solução de caráter temporário.