MAI defende que criminalidade ligada à droga exige “respostas multidisciplinares”

| Porto
Porto Canal/Agências

O ministro da Administração Interna reforçou esta terça-feira que questões como a segurança, a toxicodependência e criminalidade ligada à droga exigem “respostas multidisciplinares e integradas” de autarquias, instituições de saúde e de intervenção social.

A discursar na cerimónia que assinalou o 156º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública, em Gondomar, no distrito do Porto, José Luís Carneiro realçou o “trabalho permanente” do Governo com autarcas e com as instituições “para a construção de respostas” que, reconheceu, ”só são possíveis com investimento adequado”.

O Comando Distrital do Porto deteve, no primeiro semestre de 2023, cerca de 500 pessoas no âmbito de operações de combate ao tráfico de droga em vários bairros da cidade do Porto, tendo sido apreendidas mais de um milhão de doses de estupefacientes, segundo foi revelado pela responsável por aquele comando, Paula Peneda.

“A segurança não se esgota no trabalho das polícias. Estamos cientes de que, para enfrentar algumas questões, como seja o problema da toxicodependência e da criminalidade a ela associada, são necessárias respostas multidisciplinares e integradas, que envolvam as autarquias, as instituições de saúde e de intervenção social, a componente de integração profissional e habitacional”, salientou.

Sobre os investimentos nas forças de segurança, o ministro destacou, no Distrito do Porto, a nova Divisão da PSP de Matosinhos, a reabilitação dos edifícios da Divisão policial de Vila Nova de Gaia e da Esquadra de Valongo, que, disse, “representaram, nos últimos 3 anos, um investimento de mais de 2 milhões e 567 mil euros” que “serão seguidos de outros, ao longo da legislatura, e que implicarão um investimento global superior a 30 milhões de euros neste distrito até 2026”.

Além dos investimentos em meios e instalações, José Luís Carneiro, reafirmou que o Governo estima para 2023 um aumento do investimento do Ministério da Administração Interna em remunerações e abonos nasforças de segurança de 11,6 % face a 2022 (mais 147 milhões de euros). Se compararmos com 2021, este ano teremos um aumento de 17%, ou seja, mais 278 milhões de euros.

“E permitam-me que esclareça, porque ainda subsiste essa dúvida: os aumentos são para 2023, 2024, 2025 e 2026, variando entre os 50 e os 100 euros, para todas as categorias e níveis profissionais”, disse.

José Luis Carneiro, que fez questão de agradecer aos mais de 540 homens e mulheres do distrito que fizeram parte do dispositivo de segurança na Jornada mundial da Juventude, que decorreu em Lisboa, o “desempenho, a todos os níveis, brilhante”, admitiu que “ainda há muito por fazer, no combate às ameaças e minimização de riscos de segurança”.

Por isso, relembrou o ministro a aprovação de uma Estratégia Integrada de Segurança Urbana, cujas linhas de força gravitam “na capacitação das estruturas operacionais, reorganização de modelos, reestruturação institucional e envolvimento de atores promotores de segurança”.

Segundo disse, trata-se de uma “abordagem renovada, assente no policiamento de proximidade e na projeção rápida de meios, que procura potenciar os Contratos Locais de Segurança, a que se somam a aposta na tecnologia e nos sistemas de vigilância dos espaços públicos, bem como outras medidas operacionais concretas e mais especificamente, a reestruturação do dispositivo da PSP nas áreas metropolitanas”.

“Ao nível mais operacional, importa garantir uma reorganização do dispositivo policial, seja pela concentração de meios, seja pelo adequado balanceamento do efetivo, entre as necessidades de atendimento ao cidadão e a presença policial nas ruas, seja pelo investimento em tecnologias orientadas para a segurança, desde os sistemas de videovigilância a centros de comando e controlo de nova geração”, apontou.

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