Músicos reunidos para discutir futuro do STOP

Porto Canal
Os artistas que utilizam as instalações do STOP estão reunidos para discutir a proposta da Câmara Municipal do Porto que propôs a reabertura das lojas e estúdios, com a condição do cumprimento de várias medidas de segurança.
A reunião, que teve início por volta das 21h desta sexta-feira junta várias associações de músicos, entre elas a Associação Alma Stop.
Segudo um dos artistas, a administração poderá aceitar as condições impostas pela autarquia do Porto, para a reabertura do centro comercial já na próxima semana, ao que o Porto Canal conseguiu apurar.
Esta sexta-feira, em declarações após reunir com as duas associações de músicos a quem, em primeira mão, deu a conhecer o conjunto de propostas, o autarca do Porto informou ter sido encontrada uma solução após ser “ouvido o regimento de sapadores do Porto, que emitiu um parecer urgente”.
“O comandante do regimento disse-nos que para funcionar, tal como está hoje, [o Stop] terá de ter lá em permanência um carro de bombeiros, com cinco operacionais, durante o tempo em que o espaço estiver em utilização”, começou por dizer o autarca.
Durante esse período, assegurou Rui Moreira, “será feito um investimento em meios de segurança, mangueiras, agulhetas, todas aquelas condições que há noutros centros comerciais e que ali não existem e será dada também formação aos utilizadores do espaço para no caso de haver um incêndio eles saberem como agir”.
A proposta implica também regras “nas condições de uso do centro comercial” por não ser possível “ter lá um corpo de bombeiros mais do que 12 horas” nem haver o “número de bombeiros suficiente para ter lá durante 24 horas”, acrescentou.
“Caso as associações concordem, teremos de falar com a administração do condomínio, pois tudo isto tem uma condição: que a administração do condomínio aceite estas mesmas condições”., disse ainda Rui Moreira, afirmando que no caso de haver acordo de todos “terão o dispositivo de segurança a funcionar em 24 horas”.
Na terça-feira, mais de uma centena de lojas do centro comercial Stop foram seladas pela Polícia Municipal “por falta de licenças de utilização para funcionamento”, justificou a Câmara Municipal do Porto.
Centenas de músicos ocuparam durante cerca de cinco horas a Rua do Heroísmo em protesto, obrigando a polícia a desviar o trânsito automóvel para outras artérias da cidade.
O centro comercial Stop funciona há mais de 20 anos como espaço cultural e diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas.
Notícia em atualização.