Será desta? Proposta final para as Avenidas Atlânticas vai a votos esta quinta-feira
Maria Abrantes
Após vários meses de impasse e de um relatório previsto ser entregue a 3 de abril, diz o presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Tiago Mayan, que o documento vai finalmente ser apresentado em reunião de executivo de freguesia, esta quinta-feira.
“Esta última versão representa uma alteração ligeira a uma das versões que chegou a ser discutida na auscultação pública”, adiantou o presidente da União de Freguesias, sem querer revelar o conteúdo do documento que tem gerado muita discórdia e até alguma polémica relativamente ao acordo governativo.
Depois de ir a votos esta quinta-feira (22 de junho) e aprovado o documento, Tiago Mayan remeterá o mesmo ao município, “habilitado a tomar a decisão conveniente, em função de todos os elementos recolhidos, nomeadamente este parecer que foi requerido à União de Freguesias”.
“Há aqui um mau estar em aprovar porque não querem ser vinculados a esta proposta”
Existe, contudo, uma dúvida que paira no ar, do lado do PSD: chegará esta proposta efetivamente a reunião de executivo? João Pedro Antunes, deputado pelo Partido Social Democrata e candidato à presidência da União de Freguesias, acredita que não.
“Há aqui um mau estar em aprovar porque não querem ser vinculados a esta proposta”, diz o deputado, acreditando que nem a própria autarquia vê neste documento uma solução viável para as Avenidas Atlânticas, daí o protelar da questão.
De acordo com João Pedro Antunes, os dois elementos sociais democratas no executivo da União de Freguesias não bastam para travar a aprovação do documento que, naturalmente, seguiria o percurso até à Câmara Municipal do Porto, mas que é precisamente isso que os independentes não querem.
Além disso, confessa o deputado, “não caiu bem a colocação de mupis em cima do passeio, como se a decisão já tivesse sido tomada”. É que agora, fica muito mais caro fazer a reversão das avenidas, uma vez que será necessário indemnizar a Dreammedia para a remoção dos mesmos.
Assumimos uma “postura construtiva, mesmo sabendo que não querem fazer a reversão”, reforça João Pedro Antunes, esperando por uma solução que satisfaça não só o acordo governativo, como “as pessoas que moram naquela zona”.