Mantém-se o impasse nas Avenidas Atlânticas. Relatório com proposta final ainda não chegou à Câmara do Porto

Mantém-se o impasse nas Avenidas Atlânticas. Relatório com proposta final ainda não chegou à Câmara do Porto
Foto: Francisca Gomes | Porto Canal
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Porto Canal

A aprovação final ao plano de organização do trânsito das chamadas Avenidas Atlânticas ainda não foi entregue à Câmara Municipal do Porto, mas o presidente da União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde espera conseguir entregar o relatório até ao final da próxima semana.

De acordo com Tiago Mayan, o impasse deve-se a um pedido de esclarecimento à autarquia, liderada por Rui Moreira, a propósito de uma possível mudança no sentido de trânsito em ruas paralelas à Avenida do Brasil e de Montevideu.

Diz o presidente da União de Freguesias, que viram o pedido de esclarecimento como uma oportunidade para um pequeno melhoramento na proposta que, de acordo com declarações anteriores, estava previsto ser entregue no dia 3 de abril.

Perto de dois meses após as declarações de Tiago Mayan ao Porto Canal, o relatório ainda não chegou às mãos de Rui Moreira, mas acredita o autarca da Foz que tal será possível “nos próximos dias, até ao final da próxima semana”, já depois do município ter respondido ao pedido de esclarecimento.

Ainda assim, esclarece Mayan, a proposta discutida e aprovada só vai chegar ao Município, depois de ser levada novamente a reunião do executivo, mas garante que o pedido de esclarecimento em nada vai alterar o projeto já noticiado em março deste ano pelo Porto Canal.

De recordar que na proposta a ser entregue, Tiago Mayan diz "sim" à manutenção da largura atual da faixa de rodagem, mas reduzindo as vias de trânsito de quatro para três, e o alargamento da ciclovia.

O que vai acontecer nas Avenidas Atlânticas

As quatro vias de trânsito demasiado estreitas, “que se tornavam na verdade três ou até duas, com carros mal estacionados ou autocarros na estrada”, vão deixar de existir. A faixa de rodagem vai passar a ter apenas três vias, mas mais largas. A ciclovia, em faixa dedicada, vai também alargar. “Passa a ser mais segura”, explica Tiago Mayan.

“Há muitas críticas à ciclovia, é excessivamente estreita e perigosa, tem uns pinos de separação que não isolam suficientemente quem usa bicicletas. Nesta solução, a via dedicada é alargada e vamos dividir a zona de carros e bicicletas com um separador. Ainda não sabemos se serão canteiros, floreiras ou outra barreira, mas será um obstáculo resistente a carros”.

Sobre as três vias de trânsito, duas serão em sentido ascendente, Sul-Norte, da Foz em direção a Matosinhos. Para evitar bloqueios ou trânsito nos três pontos de viragem à esquerda de quem desce, ou seja, de quem conduz pela via única de Matosinhos para sul, vão ser criados “pontos de viragem”: “Nestas zonas específicas, vamos alargar a faixa de rodagem. Serão quatro vias de trânsito, uma delas dedicada a quem quiser virar. Conseguimos ir buscar este espaço aos lugares de estacionamento. Evitamos o bloqueio do tráfico”.

Também vai acontecer algo semelhante nas paragens de autocarro que fazem o percurso Norte-Sul. Como só existe uma via, as paragens serão instaladas na ciclovia. “Foi a solução possível. Vamos criar umas baias de estacionamento, os autocarros vêm para a ciclovia para carregar e descarregar”, justifica Mayan.

O passeio marítimo das Avenidas Atlânticas vai manter a mesma largura, não prejudicando quem passeia na marginal da Foz. “Há um outro aspeto positivo desta solução, que é o preço. Esta reorganização é uma questão de baldes de tinta, não precisamos de fazer obra, de partir passeios. Fica tudo mais rápido e barato”, fala o autarca.

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