Governo diz que "não faz qualquer sentido" referendo à regionalização 

| País
Porto Canal / Agências

O Governo considerou esta quinta-feira que "não faz qualquer sentido" falar num referendo à regionalização, previsto no programa do executivo, tendo em conta a "mudança de posição" do PSD sobre o assunto, defendendo um consenso alargado sobre o tema.

"Isto naturalmente resulta de uma mudança de posição do líder do principal partido da oposição [Luís Montenegro, PSD]. Portanto, neste momento, não faz qualquer sentido falar de referendo", afirmou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, aos jornalistas, na conferência de imprensa relativa à reunião do Conselho de Ministros de hoje, realizada em Faro.

O Programa do Governo indica que, após a descentralização de competências, a eleição dos dirigentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e o reforço do papel destas entidades, pretende-se "reabrir, a partir de uma avaliação da reforma das CCDR, de forma serena e responsável, o debate em torno do processo de regionalização nos próximos anos, com o objetivo de realizar um novo referendo sobre o tema em 2024".

Em julho do ano passado, o líder do PSD alargou a sua objeção a um referendo à regionalização até ao final da legislatura.

“Sou absolutamente contra a realização de um referendo em 2024, para que não haja equívocos. E, naturalmente, que não havendo um referendo em 2024 – que já teria de se conciliar com eleições europeias e regionais nos Açores – não é em 2025 com eleições autárquicas ou em 2026 com presidenciais e legislativas que a oportunidade se vai abrir”, disse Luís Montenegro.

Meses depois, em novembro, Montenegro defendeu que “seria uma catástrofe” o PS fazer com a regionalização o que fez com a descentralização de competências e que a discussão sobre a reforma administrativa “não é oportuna”.

No Conselho de Ministros de hoje foi aprovada a reestruturação das CCDR, que terão o estatuto de institutos públicos especiais, com o objetivo de começarem a desempenhar competências desconcentradas da administração central.

"Um dia, quando estas entidades derem prova de que foram o caminho certo que fizemos para a reorganização do Estado e para prestar um melhor serviço aos cidadãos, e que tivemos ganhos monetários, de racionalidade, eficácia e qualidade, um dia serão os portugueses a dizer se querem dar esse passo [da regionalização]”, acrescentou Ana Abrunhosa, quando questionada sobre se o Governo mantém a intenção de uma consulta popular à regionalização.

Momentos antes, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, também se pronunciou sobre o tema, defendendo que o referendo é um passo que só pode ser dado com uma "concertação mais alargada e não apenas do Governo ou de um único partido".

"Os próximos passos, e nomeadamente o do referendo, precisam sempre, como sempre dissemos, de um consenso mais alargado e só se desenvolverá se esse consenso existir ou quando esse consenso existir", acrescentou.

No âmbito da iniciativa Governo + Próximo, vários membros do executivo visitaram os 16 concelhos do Algarve entre quarta-feira e hoje, num programa com cerca de 60 iniciativas.

A reunião de hoje do Conselho de Ministros decorreu na sede da CCDR do Algarve, em Faro.

+ notícias: País

Terminal de Leixões e Casa da Música no tamanho do Portugal dos Pequenitos

O Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, vai ser ampliado com a construção de novas réplicas de edifícios emblemáticos da arquitetura contemporânea portuguesa. Entre eles o Terminal de Cruzeiros de Leixões e a Casa da Música. O projeto, apresentado esta terça-feira pela Fundação Bissaya Barreto (FBB), inclui a criação de miniaturas de algumas das obras mais icónicas da arquitetura moderna, com o objetivo de aproximar o público infantil ao universo da arquitetura de forma educativa e lúdica.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.