Assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe contestam plano ferroviário

Assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe contestam plano ferroviário
| Norte
Porto Canal/Agências

As assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe, por proposta da CDU, contestaram o Plano Ferroviário Nacional (PFN), reclamam ligações intra-região e exigem mais explicações ao Governo, anunciou este domingo em comunicado a coligação.

Para a CDU, o plano anunciado pelo Governo no final de 2022 e que “compila um conjunto de investimentos e projetos até 2050, muitos dos quais com décadas”, apresenta-se ao “país com as mesmas opções, insuficiências e erros que têm conduzido a gritantes atrasos e até retrocessos no transporte ferroviário nacional”.

Prossegue a coligação que, “sendo uma reflexão sobre o desenvolvimento da infraestrutura ferroviária e dos serviços que a devem utilizar, o PFN não incorpora as medidas necessárias para que possa algum dia sair do papel. É um plano sem prioridades, sem calendário, nem garantias e quantificação do financiamento necessário à execução do mesmo”.

Neste contexto, lê-se no comunicado, as assembleias municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Fafe deliberaram “solicitar ao Governo a disponibilização pública dos fundamentos técnicos que suportam a sua intenção de abdicar da construção de ligações ferroviárias intra-região”.

No caso dos primeiros três municípios, a deliberação surge acrescida da recomendação de “inclusão no PFN da ligação ferroviária direta entre Braga e Guimarães e a ulterior ligação a Barcelos (linha de concordância), garantindo desta forma a ligação entre os concelhos do Quadrilátero Urbano.

No caso de Fafe, a assembleia municipal deliberou também “solicitar ao Governo a disponibilização pública dos fundamentos técnicos que suportam a sua intenção de abdicar da construção da ligação ferroviária a Fafe” e “recomendar a inclusão no Plano Ferroviário Nacional da ligação ferroviária a Fafe”, lê-se ainda.

Noutros dois casos, em Guimarães, por iniciativa da CDU e com a concordância das demais forças políticas, teve lugar uma sessão extraordinária e, na assembleia municipal de Vila Nova de Famalicão, a coligação exigiu esclarecimentos ao presidente da câmara mas não obteve respostas, continua a nota de imprensa.

Entendendo serem as deliberações propostas de “grande importância”, assinala a CDU que a sua aprovação “reforça a necessidade do Governo corrigir a atual proposta de PFN, incluindo a construção de novas linhas ferroviárias na região de Braga” e “confrontam também a posição de seguidismo em relação ao Governo de maioria absoluta do PS que os respetivos presidentes de câmara PSD e PS têm assumido”.

No comunicado, recordam as intervenções recentes de “diversos membros do Governo, nomeadamente o Secretário de Estado das Infraestruturas, o Ministro do Ambiente e o Ministro da Economia”, que “fizeram declarações públicas sobre a importância do investimento em transportes públicos na região e a estimativa de custos”, declarações, para a CDU, que “evidenciaram o contraste entre as boas intenções de defesa da ferrovia e o que efetivamente o PFN prevê, a par com a falta de fundamentação técnica das propostas do Governo”.

A coligação menciona ainda a Secção do Norte da Ordem dos Engenheiros que “veio a público defender a construção de uma linha de comboio direta entre Braga e Guimarães, com tempo de viagem máximo de 10 ou de 15 minutos se houver uma estação nas Taipas, em alternativa aos autocarros BRT defendidos pelo Governo”.

Assinala a CDU, citando a Ordem, que “esta ligação sobre carris pode custar 400 ou 450 milhões de euros, menos de metade que os mil milhões que o Secretário de Estado das infraestruturas afirmou publicamente”.

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