Ministro da Saúde considera que não se deve vedar cursos de medicina às universidades privadas
Porto Canal / Agências
O ministro da Saúde considerou, esta terça-feira, que “não há nenhuma razão” para que seja vedada às universidades privadas a abertura de cursos de medicina e disse ver com “bons olhos” a abertura de novos cursos no ensino público.
“Não há nenhuma razão para que esteja vedada às universidades privadas a abertura de cursos de medicina. Mas também vejo com muito bons olhos a possibilidade de haver novos cursos públicos, sobretudo em localizações onde a presença desses cursos pode ajudar a atrair profissionais no futuro”, afirmou Manuel Pizarro, na sequência da abertura de um curso privado de medicina na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, autorizada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
Segundo o jornal, trata-se de um mestrado integrado de seis anos que “funcionará em ligação com hospital que a instituição tem em Gondomar”.
A decisão, segundo o jornal Público, foi tomada no final da semana passada e ainda não foi oficializada.
Este será o segundo curso de medicina autorizado numa universidade privada, depois do curso da Universidade Católica Portuguesa.
Quanto à necessidade de coordenar as especialidades com as necessidades existentes nos serviços públicos de saúde, o ministro afirmou: “A formação pré-graduada é de natureza generalista, só depois, na pós-graduada, é que faremos um esforço para dotar os serviços da maior capacidade possível de atrair jovens para as profissões da saúde”.
“Colaboraremos no limite das nossas possibilidades”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de novos cursos de medicina nas universidades públicas, Pizarro disse que tal “está em estudo em várias regiões do país”, apontando como exemplo Évora, Vila Real e Aveiro e sublinhando: “O ministro da Saúde veria com muito bons olhos se essa perspetiva se concretizasse”.