Inundações no Porto. Obras do metro podem estar na raíz do problema, diz vice da Câmara

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Porto Canal

“Uma obra pode provocar este tipo de alterações”, referiu Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto.

Em declarações aos jornalistas o vice da autarquia refere que as chuvas registas são “um fenómeno que nunca a cidade viu neste espaço. Temos também a obra a decorrer da Metro e terá certamente provocado algumas alterações que estamos a estudar nomeadamente com alguns outros peritos”, disse.

Filipe Araújo avançou que “poderá ter que haver correções na obra do metro e assim garantirmos que não volta a escorrer à superfície”.

O vice-presidente da Câmara referiu que o rio que corre debaixo da Rua Mouzinho da Silveira “normalmente transporta toda a água mesmo em grandes intempéries”, contudo Filipe Araújo refere que isso não aconteceu nesta situação. “Com uma chuva tão grande que ocorreu, estamos a falar de uma tormenta, essa água corre à superfície e vai drenando para os vários canais que nós temos, nomeadamente o Rio de Vila, aqui na Mouzinho da Silveira. O que não aconteceu desta vez é que não drenou para o Rio de Vila e veio muito mais à superfície”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, Filipe Araújo garantiu que “não houve qualquer rebentamento de condutas, em termos de segurança isso está completamente assegurado”. O autarca revelou ainda que houve “equipas a inspecionar o rio de vila, que não tem qualquer problema. Está garantida a segurança de todas as pessoas e bens”.

Quanto à rua Mouzinho da Silveira, o vice da Câmara do Porto garante que “não há nenhum dano estrutural”. Filipe Araújo fala que é apenas necessário repavimentar as zonas destruídas. “A água escorreu à superfície e ao escorrer à superfície em grandes quantidades arrastou paralelos, mas isso é meramente repor o pavimento”, frisou.

As ocorrências
“Na cidade tivemos cerca de 56 ocorrências que estão todas praticamente resolvidas, falta apenas uma de menos importância que está a decorrer”, disse Filipe Araújo. Quanto a estragos o vice-presidente da Câmara revela que “aquilo que existiram foram danos matérias, portanto não há outros danos pessoais. Estamos ainda a avaliar o registo de ocorrências para ver qual é o montante desses danos”.

“Alguns dos detritos que decorreram da obra do Metro, que com as chuvas foram arrastadas. Toda esta areia, a gravilha ela, de facto, veio da obra do metro e isso não pode voltar a acontecer. Já tomamos medidas, juntamente com a Metro, para proteger a obra melhor para que esse tipo de materiais não venha para a via pública”, frisou Filipe Araújo sobre os detritos que foram arrastados devido à grande quantidade de água.

Contudo, afirmou também que a Metro do Porto "garantiu que vai fazer uma proteção, nomeadamente com sacos de areia", para evitar que a situação se repita.

 

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