As reações dos partidos à esquerda sobre a demissão de Pedro Nuno Santos

As reações dos partidos à esquerda sobre a demissão de Pedro Nuno Santos
| Política
Porto Canal

Livre destaca que não vai ser fácil encontrar substituto, Bloco quer esclarecimentos de Costa brevemente e PCP quer que TAP se mantenha no Estado.

Livre

O deputado do Livre, Rui Tavares, realçou o papel de destaque de Pedro Nuno Santos dentro do Governo e atirou que “não vai ser fácil arranjar um substituto com o mesmo nível de vontade política e de energia”.

Rui Tavares falou de Pedro Nuno Santos como um ministro “muito construtivo e ativo na busca de soluções”, em declarações ao Observador.

O deputado do Livre acusou ainda o Partido Socialista (PS) de estar ofuscado com a maioria absoluta e que em 2023 os socialistas têm de mudar de atitude. “As lições políticas para o Governo é de que este ano vai mesmo ter de ser de ano novo, vida nova em termos de exigência, abertura, transparência, capacidade de diálogo com as outras forças políticas.”

Bloco de Esquerda

Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda (BE), espera um comentário de o Primeiro-Ministro em breve sobre a saída de Pedro Nuno Santos do Governo. “António Costa não pode esperar até à próxima semana para falar ao país, seria incompreensível. Exigimos que o Governo venha já, pela voz do primeiro-ministro, dar respostas a todas estas matérias: legalidade dos pagamentos a Alexandra Reis, regime de privilégio da TAP, forma como existe, aparentemente, a condução do percurso de alguém que chega a membro do Governo ou não sendo escrutinada ou sendo aceite um percurso moralmente repreensível”.

Para o deputado do BE, o Primeiro-Ministro não pode esperar pelo debate pedido pelo PSD para se pronunciar sobre o caso.

Quanto ao conhecimento, ou desconhecimento da indemnização a Alexandra Reis o deputado bloquista refere que “pagamentos a Alexandra Reis com dúvidas de legalidade e Ministério das Finanças não pode alegar que não os conhecia porque era uma empresa que estava intervencionada pelo o Estado”.

 

PCP

“O interesse nacional exige que seja revertido o processo de privatização da TAP”, apontou Jorge Pires, da Comissão Política dos comunistas. Para o PCP a transportadora aérea deve manter-se sob alçada do Estado destacando que “o que interessa é interromper a política que tem vindo a ser seguida na TAP”.

Jorge Pires realçou que “o que realmente os trabalhadores querem ver é a resposta aos problemas mais prementes, com política que assegure aumento dos salários e pensões, controlo dos preços e valorização do serviço público”.

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