Associação da GNR considera "rídicula" proposta de subsídio de missão que se traduz em aumento mínimo de 150 euros 

Associação da GNR considera "rídicula" proposta de subsídio de missão que se traduz em aumento mínimo de 150 euros 
| Política
Porto Canal/ Agências

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considerou “ridícula” a nova proposta do Governo do suplemento de missão, criticando o “aumento insignificante” e a divisão das categorias profissionais por percentagens.

“Esta contraproposta continua ridícula. Os valores não acompanham nem tão pouco mais ou menos aquilo que são os anseios dos profissionais”, disse aos jornalistas o presidente da APG, César Nogueira, no final da reunião com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

O Governo apresentou esta quarta-feira um nova proposta às associações socioprofissionais da GNR, propondo um suplemento de missão entre os 521 e os 730 euros e o fim do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

César Nogueira referiu que “há de facto um pequeno aumento”, mas considera-o insignificante e a proposta continua a dividir as categorias por percentagens.

“O risco é igual para um guarda, um oficial ou um sargento. Aí não concordamos. O valor ainda está bastante abaixo”, disse, voltando a reafirmar que os militares da Guarda exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo atribuiu aos inspetores da Polícia Judiciária (PJ).

César Nogueira lamentou também que a proposta apresentada esta quarta-feira crie um novo suplemento que vai substituir o que atualmente existe, passando alguns profissionais a ganhar quase ou mesmo.

Por isso, explicou, é que o Governo estabeleceu a garantia de salvaguarda de 150 euros.

O presidente da APG deu ainda conta de que no dia 22 vai haver uma nova reunião, justificando com o facto de os profissionais “quererem ver isto resolvido o quanto antes”.

Segundo a proposta apresentada pelo Governo, a que Lusa teve acesso, o novo suplemento de missão tem como referência o vencimento base do comandante-geral da GNR e substitui o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Com esta nova proposta, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 14% da remuneração base do comandante da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos da GNR é de 12% e para os guardas 10%.

O atual suplemento pago a estas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

O Governo propõe um aumento mínimo de 150 euros.

Na reunião de 02 de maio, o Ministério da Administração Interna tinha proposto um suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR de entre 365,13 e 625,94 euros.

Margarida Blasco está reunida com os seis sindicatos da PSP desde as 17:30, enquanto cerca de duas centenas de elementos da PSP e da GNR estão concentrados na Praça do Comércio, em Lisboa, para manifestarem o seu descontentamento com a proposta do suplemento de missão e dizerem ao Governo que “não aceitam migalhas".

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