Notícia Porto Canal. STOP continua a apresentar falhas nas medidas de proteção contra incêndio

| Porto
Joana Almeida Carvalho

O Porto Canal sabe que os Bombeiros Sapadores do Porto, em representação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, realizaram, no dia 2 de dezembro pelas 11h30, uma inspeção ao Centro Comercial STOP, onde detetaram falhas nas medidas de proteção contra incêndio. A inspeção foi pedida pela autarquia portuense.

De acordo com o relatório a que o Porto Canal teve acesso, foram detetadas infrações ao nível das medidas de proteção contra incêndios. No documento lê-se que “no espaço onde se encontra o vigilante de serviço no piso do plano de referência a Central de Deteção de Incêndio encontrava-se desligada”, e que foi detetada a “inexistência da rede de incêndio armada tipo carretel” no piso 02 na via horizontal de evacuação. Explicam também que “após corte-parcial de energia no piso 01, verificou-se a inexistência de iluminação de emergência” e que “a porta corta-fogo da via vertical de evacuação do lado poente no piso 0 não se encontrava provida de dispositivo de fecho que a reconduza automaticamente, por meios mecânicos, à posição fechada”.

Outras infrações apontadas passam pela “inexistência de medidas de autoproteção” e pela “falta de pedido de inspeção regular”.

O relatório diz também que as infrações verificadas “devem ser repostas no prazo de 15 dias” e que a existência de medidas de autoproteção e o pedido de inspeção regular “devem ser implementados no prazo de 60 dias”.

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Os Bombeiros Sapadores do Porto confirmaram ao Porto Canal que foi feita esta inspeção mas não avançaram mais pormenores. Já a Câmara do Porto confirmou também a realização do relatório de inspeção pelo Regimento dos Sapadores Bombeiros e explicou que “haverá uma inspeção por parte da Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil, com competência para tal, conforme Orgânica da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil).

O Porto Canal contactou também a Administração do Condomínio do centro comercial, mas não obteve respostas.

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O STOP fechou as lojas e começou a ser utilizado por artistas há, pelo menos, duas décadas. Foi inaugurado em 1982 e os espaços foram entretanto transformados em estúdios e salas de ensaio, por isso, quem o frequenta e visita diz que é a verdadeira casa da música do Porto e um “Centro Cultural” da cidade.

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O espaço tem mais de 100 lojas, todas com diferentes proprietários. Além das que se tornaram estúdios de música e salas de ensaio, há ainda duas salas de cinema fechadas há vários anos, uma danceteria que já foi bastante famosa na noite do Porto e uma antiga loja de tatuagens.

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Além de bandas, é frequentado por produtores de música, artistas plásticos, e pintores. No entanto, tem estado sob ameaça de encerrar as portas de forma definitiva nos últimos 10 anos, por apresentar falta de condições de segurança.

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