Notícia Porto Canal. Governo exige à Direção Nacional da PSP reforma nos comandos metropolitanos do Porto e Lisboa. PSP nega qualquer indicação

| Política
Porto Canal

O Ministério da Administração Interna (MAI) exigiu à Direção Nacional da PSP uma reformulação profunda no Comando Metropolitano do Porto e de Lisboa. O plano deve ser apresentado até ao final do ano e poderá passar por encerrar algumas esquadras.

O paradigma das esquadras de proximidade estará prestes a passar à história, no que ao Porto e Lisboa diz respeito. O Porto Canal sabe que o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, exigiu já à Direção Nacional da PSP que acelere o plano de reestruturação da PSP na invicta e em Lisboa.

O objetivo é colocar mais agentes em patrulhas na rua e, para isso, está a ser pensada a criação de uma “super esquadra” no Porto e outra em Gaia, onde os meios serão concentrados. A prioridade é libertar mais policias para a rua, mas pode implicar o fecho de esquadras e uma nova forma de policiamento no comando metropolitano da invicta. O plano é criar esquadras com funções específicas, como atendimento ao público e outras valências, o que poderá obrigar a população a mudar de concelho para poder apresentar queixas.

Sem estipular prazos, José Luís Carneiro pediu rapidez no plano a apresentar pela Direção Nacional da PSP, que começou a ser pensado há cerca de um ano mais tinha ficado em banho maria, devido à queda do governo e à marcação de eleições legislativas. Para acalmar a opinião publica, o ministro da Administração Interna tirou da manga a criação de uma unidade móvel da policia, cujo formato de atuação não está ainda definido e, sabe o Porto Canal, não convenceu os agentes da PSP , até pelos meios humanos a que o comando da PSP terá de recorrer.

O fecho da esquadra do Infante por falta de polícias ao serviço no passado sábado foi a gota de água numa copo de efetivos quase vazio, repetem os sindicatos. A verdade é que José Luís Carneiro insistiu que não faltam policias em Portugal e deu exemplos do rácio de agentes por cada 100 mil habitantes em que Portugal lidera, pelos números do ministro.

Os dados oficiais da PSP a nível nacional, que não estão ainda disponíveis em relação ao ano passado, mostram que as esquadras têm, em média, mais policias, na evolução dos últimos três anos, entre 2018 e 2020: no norte os números por distrito mantém-se idênticos, apenas o Porto tem mais 162 policias ao serviço do que em 2018.

Mas se não há falta de policias e guardas, a formação continua a ser palavra de ordem, enfatizou o ministro da administração interna em entrevista ao Porto Canal:

Novos agentes e guardas que afinal não devem significar mais meios no terreno. Um problema enfatizado no relatório das inspeções sem aviso prévio às forças e serviços de segurança realizadas em 2021, feito pela Inspeção Geral da Administração Interna que escreve, preto no branco, ter constatado “que não há meios humanos em muitas subunidades, especialmente da GNR para os encargos necessários para manter um posto ou uma esquadra aberta”.

Um problema crónico que se tem agravado, também na GNR e que se junta a problemas com o parque automóvel, que, apesar do reforço de novos veículos nos últimos anos, muitos postos e esquadras estão a braços com carros parados à espera de arranjo mas sem autorização financeira.

A direção nacional da PSP contactou o Porto Canal para “negar categoricamente que tenha recebido indicações para criar super-esquadras”.

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