Acordo garante funcionamento da SRU do Porto depois de anos de diferendos

| Norte
Porto Canal

O acordo hoje assinado entre o governo e a câmara do Porto põe fim a vários anos de diferendo sobre a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) do Porto que permanecia desde 2012 sem presidente e sem estatutos.

Em janeiro deste ano a Câmara do Porto e o Ministério do Ambiente revelaram a intenção de “aprofundar contactos” para alcançar em 2014 uma “solução global” para a SRU, depois de vários anos de avanços e recuos e assembleias-gerais adiadas sucessivamente.

Há pouco mais de um ano o presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) revelou que aquele organismo reprovou as contas da SRU Porto Vivo relativas a 2012 para evitar a insolvência da empresa e avisou que “já não” pretendia pagar a dívida de 2,4 milhões de euros à empresa, relativos ao prejuízo da mesma em 2010 e 2011.

Detida em 60% pelo IHRU, em representação do Estado, e em 40% pela Câmara do Porto, a SRU – Porto Vivo, a PortoVivo estava sem presidente desde dezembro de 2012, depois de Rui Moreira renunciar ao cargo e aguardava então a nomeação dos novos corpos sociais, tendo o capital reduzido a menos de metade.

Já em maio de 2013 deputados do PSD e PS apresentavam na Assembleia da República projetos de resolução nos quais defendiam que o governo devia manter e reforçar “a aposta e apoio à Reabilitação Urbana da Baixa do Porto” e que “honrasse” os seus compromissos.

Contudo, em junho de 2013 a então ministra da Agricultura, Assunção Cristas (CDS), que tutelava a pasta do Ordenamento do Território, afirmava a intenção do governo de sair da administração da SRU, alegando que o Estado "não deve ser duplamente financiador e acionista".

A reabilitação urbana e o trabalho da SRU foram amplamente falados e criticados durante as autárquicas de 2013, após as quais foi marcada uma Assembleia Geral para analisar as contas por aprovar, presidente por nomear, estatutos por alterar, uma auditoria por revelar e a vontade do Governo de sair.

A Assembleia-Geral da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto (SRU) acabaria por ser adiada (pela terceira vez) para dezembro a pedido do Estado, deixando o futuro da empresa nas mãos do novo autarca, e ex-administrador, Rui Moreira.

Rui Moreira tomou posse como presidente do Conselho de Administração da Porto Vivo em maio de 2011, ameaçou demitir-se menos de um ano depois devido à dívida do Estado à empresa e renunciou ao mandato no fim de 2012, em rutura com o acionista maioritário da empresa.

No dia seguinte ao adiamento, o gabinete do novo ministro Jorge Moreira da Silva dizia em comunicado que aguardaria o relatório da auditoria às contas da SRU do Porto, por parte da Inspeção-Geral de Finanças, que até à data ainda não havia sido apresentado.

O quarto adiamento da AG da Porto Vivo – SRU de 2013 chegaria em janeiro de 2014 “por acordo entre os acionistas” com vista a aprofundar os contactos entre o MAOTE, a Câmara do Porto e o IHRU.

Entretanto, o relatório da auditoria realizada pela Inspeção-Geral das Finanças às contas do triénio 2010-2012 da Porto Vivo havia concluído “pela sua conformidade legal e adequação contabilística”.

A última Assembleia Geral marcada, desta vez para 28 de março, acabou também por ser adiada com Rui Moreira a justificar o adiamento com o facto de não ter “ainda” alcançado com o Governo o acordo pretendido para a empresa, constituída em 2004.

+ notícias: Norte

Demolição da fachada do antigo Cinema de Ermesinde gera contestação da população

Por questões de segurança, a Câmara de Valongo avançou com a demolição da fachada do antigo Cinema de Ermesinde. A obra, contestada pela população, avançou devido aos problemas estruturais graves na fachada do edifício, que implicava riscos de segurança. No lugar daquele edifício vai nascer a Oficina Municipal das Artes e fonte da autarquia garantiu ao Porto Canal que a fachada histórica do edificado vai ser preservada.

Urgência de Santo Tirso esteve encerrada de noite porque médico de serviço faltou

A urgência básica do hospital de Santo Tirso não funcionou entre as 0h00 e as 8h00 desta terça-feira, porque o médico que deveria estar de serviço faltou, disse fonte da Unidade Local de Saúde do Médio Ave.

Despiste seguido de capotamento faz dois feridos na A7 na Póvoa de Varzim

Duas pessoas sofreram ferimentos, ao início da tarde desta terça-feira, na sequência de um despiste seguido de capotamento na autoestrada A7 na freguesia de Balazar, no concelho da Póvoa de Varzim, apurou o Porto Canal.