Bill Gates promove filantropia no jornal do Partido Comunista Chinês

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Porto Canal / Agências

Pequim, 28 abr (Lusa) - O homem mais rico do mundo assinou hoje um raro texto de opinião no jornal oficial do maior partido comunista do mundo, exortando os milionários chineses a dedicarem parte da sua fortuna ao combate à pobreza.

"A China tem muitos empresários bem-sucedidos. Tenho esperança que mais pessoas com visão ponham o seu talento ao serviço da melhoria da vida dos pobres na China e pelo mundo fora, e procurem soluções para os problemas deles", escreveu Bill Gates num artigo publicado pelo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês (PCC).

O combate à pobreza "requer a participação de toda a comunidade", acrescentou o fundador da Microsoft, que, pelas contas da Forbes, encabeça a lista dos 10 mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 76 mil milhões de dólares (54,8 mil milhões de euros).

Bill Gates e a mulher, Melinda Gates, são também ativos filantropos, nomeadamente no combate à doença em África.

Na semana passada, um dos empresários mais ricos da China, o fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, anunciou a criação de um fundo de 3 mil milhões de dólares (2,16 mil milhões de euros), destinado a uma organização humanitária centrada no ambiente e na saúde, mas segundo o jornal China Daily, a filantropia ainda não arrancou" na China.

"Alguns chineses ricos receiam que a concessão de grandes donativos pode atrair uma indesejada atenção às suas fortunas", comentou o jornal, a propósito do artigo de Bill Gates no Diário do Povo.

"O retorno do investimento no combate à pobreza é tão excitante como o sucesso alcançado na área dos negócios e tem até mais significado", escreveu Bill Gates.

Em 2012, mais de um milhão de chineses tinham uma fortuna superior a 10 milhões de yuan (cerca de 1,2 milhões de euros) e pelas contas da Forbes, no ano seguinte, os cem mais ricos do grupo possuíam, no conjunto, 316,45 mil milhões de dólares (228,2 mil milhões de euros).

No extremo oposto, no final de 2013, cerca de 82,5 milhões de chineses (6% da população) viviam abaixo da linha de pobreza, com menos de 2300 yuan por ano (300 euros).

O PCC, no poder desde 1949, é a maior organização política do mundo, com quase 90 milhões de filiados, e mantém-se oficialmente fiel ao marxismo-leninismo, mas ao contrário dos partidos comunistas da antiga ex-união Soviética e da antiga Europa de Leste, defende a economia de mercado e os métodos de gestão dos países desenvolvidos.

AC // VM

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