Os três pescadores que estão desaparecidos na sequência do naufrágio do pesqueiro de bandeira portuguesa "Mar Nosso", hoje nas Astúrias, são portugueses, indicam as autoridades espanholas.

Segundo María Ramallo, autarca da localidade de Marín, na Galiza, - onde o pesqueiro estava baseado - as autoridades resgataram sete tripulantes com vida, a totalidade da tripulação espanhola (cinco pessoas) e dois portugueses. Também já foram recuperados os corpos de dois pescadores portugueses, as únicas vítimas mortais confirmadas.

Fonte da cooperativa de armadores de Marín tinha confirmado que a tripulação do navio era formada por sete portugueses e cinco espanhóis. Dos sete tripulantes resgatados com vida, quatro estão hospitalizados (dois portugueses e dois espanhóis).

Uma porta-voz do Salvamento Marítimo disse à Lusa que a primeira informação sobre o acidente com o "Mar Nosso" foi transmitida por um outro pesqueiro, o "Mar da Galega" que, às 13:08, disse ter resgatado sete tripulantes e que um outro navio, o "Kika" resgatou dois corpos.

As operações de busca dos três tripulantes desaparecidos estão a ser coordenadas pelo Centro de Salvamento Marítimo de Gijón com vários navios, incluindo pesqueiros que estão na zona, a participar, apoiados por um helicóptero da junta da Galiza.

Um helicóptero do Salvamento Marítimo transportou os cadáveres dos dois tripulantes mortos para Gijón.

O naufrágio do "Mar Nosso" ocorreu ao iniciou da tarde por razões ainda desconhecidas, quando o mar estava em boas condições e horas depois de ter saído do porto de Avilés.

Este foi o segundo naufrágio com um navio de bandeira portuguesa na Astúrias este ano, depois de a 10 março ter naufragado o pesqueiro "Santa Ana", num acidente que causou oito mortos: quatro espanhóis, dois portugueses e dois indonésios.

Na ocasião, sobreviveu apenas um dos nove tripulantes, um espanhol.