Japão pede à Rússia para não anexar a Crimeia
Porto Canal / Agências
Tóquio, 17 mar (Lusa) - O Governo japonês pediu hoje à Rússia para não anexar a Crimeia, um dia depois do referendo que aprovou a separação daquela república autónoma da Ucrânia.
"O nosso país não aprova o resultado" do referendo na Crimeia, no âmbito do qual mais de 95% dos eleitores da aprovaram a reunificação da península ucraniana com a Rússia, disse o porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, durante uma conferência de imprensa.
O mesmo responsável salientou que o Japão "vai pedir vigorosamente à Rússia para respeitar o, a integridade do seu território não anexando a Crimeia", acrescentou ao salientar também que Tóquio vai cooperar com os outros países do G7 no que respeita à Crimeia.
O jornal económico Nikkei indicou que as autoridades japonesas estudam a possibilidade de aplicar sanções económicas contra a Rússia.
O primeiro-ministro separatista da Crimeia, Serguei Axionov, comentou no domingo o resultado do referendo sobre a reunificação da república autónoma ucraniana com a Rússia salientando perante uma multidão em Simferopol que iriam "regressar a casa".
"A Crimeia vai para a Rússia", acrescentou, antes de entoar o hino russo com milhares de pessoas concentradas na praça Lenine, na capital da península do sul da Ucrânia, e com um coro de 'cantores' vestidos de marinheiros da frota russa do Mar Negro.
A vaga de entusiasmo iniciou-se quando foram anunciados resultados preliminares do referendo, segundo os quais 95,5% dos eleitores se pronunciaram a favor da reunificação da Crimeia à Federação Russa, quando estavam contados 50% dos votos.
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