95,5% dizem sim à Rússia

95,5% dizem sim à Rússia
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Porto Canal

Mais de 95 por cento dos eleitores da Crimeia aprovaram hoje, num referendo considerado ilegal pela comunidade internacional, a reunificação da península ucraniana da Crimeia com a Rússia, segundo os primeiros resultados oficiais.

"95,5% votaram a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia", indicou o presidente da Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhailo Malychev, quando estão contados 50% dos votos.

De acordo com o mesmo responsável, 3,5% votaram a favor de que a Crimeia permaneça na Ucrânia com mais poderes autonómicos e um por certo foram votos nulos.

O referendo, cujas duas perguntas eram "Aprova a reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da federação da Rússia?" e "Aprova a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto da Crimeia como fazendo parte da Ucrânia?", é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela maioria da comunidade internacional.

Só Moscovo defende que se trata de uma consulta "legítima".

As autoridades autónomas da Crimeia convocaram o referendo de hoje na sequência da deposição do Presidente ucraniano pró-russo Viktor Ianukovich, em fevereiro, após três meses de violentos protestos em Kiev, liderados pelas forças da oposição.

Depois da queda de Ianukovich, forças apoiadas pela Rússia assumiram o controlo da península do sul da Ucrânia, transformada no foco do mais grave conflito entre Leste e Ocidente desde o final da Guerra Fria.

Seis décadas após a decisão unilateral do então dirigente soviético Nikita Khrushchev de anexar esta região tradicionalmente russa à Ucrânia, as respostas às duas questões colocadas aos eleitores da Crimeia no referendo de hoje poderão definir por muito tempo as relações entre Rússia e Ocidente.

Num território habitado maioritariamente por 58,32% de russos, 24,32% de ucranianos (ambos de religião ortodoxa) e 12,1% de tártaros da Crimeia (muçulmanos), previa-se que o desfecho da consulta não fosse surpreendente, depois de uma sondagem recente ter previsto um "sim" esmagador à união com a Rússia.

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