Femen gritam "parem a guerra de Putin" e acabam detidas
Porto Canal
Duas ativistas do grupo feminista Femen foram detidas hoje na capital da Crimeia, Simferopol, depois de um protesto em frente do parlamento regional contra a intervenção da Rússia na Ucrânia.
Segundo a agência France Presse, uma das mulheres foi agarrada pela polícia segundos depois de despir a camisola, mas a outra correu pela praça a gritar repetidamente "Parem a guerra de Putin", frase que também tinha escrita no peito.
A segunda ativista acabou por também ser detida e as duas foram levadas numa carrinha pela polícia, à passagem da qual algumas pessoas que assistiram ao protesto gritaram "Prostitutas!" e "Vergonha!".
As nacionalidades das duas mulheres não foram divulgadas até ao momento.
O movimento Femen foi criado na Ucrânia e tornou-se conhecido por ações mediáticas em que as ativistas aparecem de tronco nu. Atualmente, o grupo não tem qualquer representação na Ucrânia, tendo aberto um centro em Paris.
A Crimeia, república autónoma no sul da Ucrânia, está sob controlo de forças pró-russas que, hoje, aprovaram um pedido ao Presidente russo, Vladimir Putin, para uma união com a Rússia e convocaram um referendo para 16 de março sobre a eventual secessão.
As autoridades locais não reconhecem o novo Governo de Kiev, saído de um acordo entre a oposição e o presidente Viktor Ianukovich para pôr fim à crise política desencadeada em novembro pela decisão de suspender a aproximação à Europa e reforçar os laços com a Rússia.