Diretor da Escola Alexandre Herculano do Porto lamenta concurso sem concorrentes
Porto Canal com Lusa
Porto, 03 jan (Lusa) -- O diretor da Escola Secundária Alexandre Herculano do Porto, Manuel Lima, "lamenta", "estranha" e diz-se "muito preocupado" por não haver nenhum concorrente ao concurso público para as obras daquela escola centenária que necessita ser requalificada.
"Lamento e é estranho que não haja concorrentes para realizar a obra que é uma necessidade premente e urgente e porque vai adiar mais uma vez um processo", declarou à Lusa Manuel Lima, após tomar conhecimento que o concurso público lançado pela Câmara do Porto para reabilitar a Escola Secundária Alexandre Herculano não teve concorrentes.
"O presidente da Câmara do Porto comunicou hoje ao ministro da Educação o resultado do concurso, devolvendo o assunto ao Governo para que este possa tomar as competentes decisões sobre a manutenção e reabilitação da sua escola. Foi igualmente comunicado que a Câmara se encontra disponível para fazer parte de uma nova solução, desde que não onere mais o orçamento do que previsto no protocolo assinado [menos de um milhão de euros]", escreve hoje a autarquia, em comunicado.
O diretor daquela escola secundária do Porto assume "muita preocupação" pelo atraso que pode vir a ter a obra que ficou sem concorrentes e "pelo impacto que vai ter junto da comunidade escolar".
"Para nós o impacto que tem é que se vai verificar um adiamento preocupante e começa a ser muito cansativo", assume Manuel Lima, recordando que s Alexandre Herculano é uma escola dos anos 30 do século passado com "114 anos de existência".
Manuel Lima considerou que o facto de não haver concorrentes se relaciona com uma questão económica.
"Se antigamente havia alguma dúvida, agora há uma concertação de vontades entre a Câmara Municipal do Porto e o Ministério da Educação. A questão económica ou o orçamento que a Câmara apresenta não será suficiente".
O júri do concurso concluiu, segundo o comunicado da autarquia, que "apesar de ter havido 14 empresas interessadas na obra, nenhuma apresentou propostas válidas e quase todas declararam que o preço base de sete milhões de euros era insuficiente para a realização dos trabalhos".
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